quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cláudio Leitão tem votação oito vezes maior que há quatro anos






Reportagem Folha dos Lagos por Filipe Rangel - fotos Renata Cristiane

Em quatro anos, ele saiu dos 695 votos conquistados em 2008 para 5.300 recebidos na eleição do último domingo. Ainda assim, um dos candidatos derrotados à prefeitura de Cabo Frio, Cláudio Leitão (PSOL), quer mais. Com o pleito deste ano ainda recente na memória, Leitão não projeta o futuro desde já, mas se mostra aberto à possibilidade de se candidatar a uma vaga no Legislativo daqui a dois anos.

A campanha para prefeito foi “difícil”, como ele mesmo definiu. Seguindo  sua própria filosofia e a do PSOL, Leitão fez “uma campanha limpa, sem os recursos milionários que foram usados nas outras”. Frente a essa dificuldade, apostou no contato direto. Diariamente realizou corpo a corpos, caminhadas e panfletagens em todos os bairros da cidade. Concentrou seus esforços no Centro, no Segundo Distrito e no Jardim Esperança. A resposta veio e a votação aumentou expressivamente em relação à eleição passada – o resultado foi quase oito vezes melhor que há quatro anos. No entanto, Leitão acredita que poderia ter sido melhor.

– Nós esperávamos um avanço maior, a nossa expectativa era de ter mais ou menos 10 mil votos. Mas sabemos o motivo dessa queda. A compra de votos em Cabo Frio foi escandalosa este ano por parte dos dois outros candidatos – avaliou ele, que ainda frisou que uma votação mais expressiva “poderia representar uma vaga na Câmara para o PSOL”.

Como lastro positivo da eleição, Leitão diz que espera mais adesões ao PSOL a partir de agora. A receptividade à candidatura dele e ao partido cresceram durante a campanha, principalmente após o último debate entre candidatos, transmitido pela Intertv três dias antes das eleições. Além desse novo grupo, Leitão espera contar com os habituais correligionários para definir o futuro do partido.

– Avaliamos a nossa campanha como boa este ano. Agora estamos tentando reunir o grupo, receber novas adesões ao partido, à ideologia. O meu interesse é em colaborar com a vida pública – afirmou Cláudio Leitão.

E o caminho para a vida pública do socialista pode ser a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Leitão não descarta concorrer como deputado daqui a dois anos, mas diz que isso “é uma vontade, e não uma obsessão”.

– Nós queremos participar da vida pública, mas não a qualquer custo. Tenho interesse sim, mas ainda está muito em cima para avaliar – contou ele, que primeiro espera pela definição da eleição municipal por meio da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ainda vai julgar o candidato vencedor Alair Corrêa (PP) e consequentemente o futuro da cidade.

– A eleição ainda não está definida como a coligação do Alair anda falando, com todo esse otimismo de que já ganhou em Brasília. Decisão do Tribunal é uma coisa imprevisível, onde tem o fator jurídico mas também tem o peso político. Ainda existe a possibilidade de haver nova eleição – frisou Leitão, que dá o recado para o caso de novo pleito: “Se tiver, vou concorrer”.   

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