Cabo Frio realiza audiência sobre transporte público

Cabo Frio realiza nesta quarta-feira uma audiência publica no Clube Tamoios para discutir a situação do transporte público coletivo.

A audiência foi convocada pelo prefeito Alair Corrêa,  logo após o grande protesto que aconteceu na cidade há cerca de duas semanas, que chegou a reunir mais de 5 mil pessoas.  Na ocasião,  a principal reivindicação era a redução da passagem e o fim do monopólio da Salineira.

Autoridades municipais participando em peso, como prefeito,  secretários e vereadores. Deputado Janio Mendes também compareceu compondo a mesa. 

Entretanto, poucos estudantes que lideravam o protesto vieram, cerca de 20 apenas, que fizeram bastante barulho quando as falas os desagradavam.

O prefeito Alair Corrêa ao pegar a palavra, iniciou com uma frase de Castro Alves "Faço minhas as palavras de Castro Alves: a praça é do povo como o céu é do condor". E durante o discurso deixou claro a disposição em acatar as deliberações da audiência,  mesmo que a mesma decida pela quebra de contrato com Salineira (conforme apelo dos manifestantes). O prefeito disse ainda que depois que o povo saiu às ruas ele abandonou o plano de governo:

- Se a população decidir,  eu rompo contrato com a Salineira. E o povo decide como vamos aplicar o dinheiro investido no subsídio. Agora,  eu não tenho mais pauta. Minha pauta é a das ruas, a do povo - declarou em meio a aplausos. 

O representante dos estudantes, Vitor do IFF,  fez uma fala rápida mas alfinetou prefeito lembrando que ele minimizou a questão do subsídio, e segundo disse, é superfatuado. 

O proprietário da Salineira, Francisco Gavinhos, iniciou a fala debaixo de vaia das lideranças dos manifestantes, mas foi firme. Pediu respeito e declarou estar ao lado do movimento. Visivelmente emocionado,  lembrou que já foi estudante e foi às ruas no passado pedir o fim da ditadura:

- Sou favorável ao movimento. Maa quero lembrar que o valor da trifa quem dá é a prefeitura.  Sou de acordo com tudo que está acontecendo, mas quero destacar que deveríamos ter um órgão técnico competente como FVG (Fundação Getúlio Vargas) para debater o que o povo pode pagar e o que o poder público pode subvencionar - disse ele.

Os trabalhos seguiram até 13:30h.