terça-feira, 25 de março de 2014

Profissionais da Educação de Búzios param a cidade em protesto por melhorias de trabalho

Com apitaço, panelaço e buzinaço manifestantes vão para a rua mostrar indignação com a Educação buziana

Ana Lúcia de Oliveira

O centro de Búzios parou para assistir a manifestação dos profissionais da rede municipal de Educação de Armação dos Búzios, realizada na tarde desta terça-feira (25). Munidos de apitos, panelas, cartazes e muita indignação, cerca de 100 manifestantes, entre eles, alunos, professores e demais profissionais da área foram para as ruas reivindicar não só melhorias salariais, mas também nas condições de trabalho. A concentração foi em frente à Escola Municipal Nicomedes, seguindo para a porta da Secretaria de Educação, na Vila Caranga, e depois para a frente da Prefeitura, no Centro.


O movimento foi organizado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos), que após o protesto, na porta da Prefeitura de Búzios, realizou assembleia para definir os rumos do movimento, deflagrado nesta manhã, com greve de advertência de 24 horas. A paralisação teve forte adesão por parte dos professores concursados e apoio dos alunos. Na pauta, o reajuste salarial, Plano de Cargos Carreiras e Remuneração, entre outros itens, que segundo a diretoria do Sepe Lagos, deveriam ser discutido com o prefeito André Granado, em audiência que foi remarcada.



Prefeitura afirma que adesão foi 22%


Em nota, a Secretaria de Educação afirmou que a paralisação atingiu 6% do 1º ao 5º ano no turno da manhã; 14% do 1º ao 5º ano no turno da tarde; 17% do 6º ao 9º ano no turno da manhã e 22% do 6º ao 9º ano, no turno da tarde. A maioria dos alunos não compareceu às aulas, pois foram orientados por alguns professores para assim procederem. A Polícia Militar calculou que participam da manifestação cerca de 70 pessoas.

"Desde o dia 12 de março, está agendada, para o dia 27, uma reunião com o Prefeito, o Secretário de Educação, Claudio Mendonça, e representantes da Educação de Búzios. Uma paralisação, dois dias antes da data agendada para o encontro, deixa transparecer uma tendência a motivação política de boa parte dos participantes deste movimento", afirma a nota enviada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura.

Em 2013, os professores tiveram uma redução de 25% em sua jornada de trabalho, o que esgotou o orçamento da Educação para despesas de pessoal. A intenção da Prefeitura de Búzios é no sentido da manutenção das negociações e lamenta a postura pouco diplomática de alguns líderes, os quais trazem prejuízo aos estudantes que perdem aula, ficam expostos nas ruas.

“Lamentamos profundamente que este tipo de situação tenha ocorrido, visto que temos nos esforçado bastante para dar mais qualidade ao ensino de Búzios. E ainda na questão da infraestrutura, que sempre foi muito precária, o que necessitará de grandes investimentos para adequá-las para atender de maneira satisfatória as condições essenciais para uma boa educação, dentro do processo educacional”, finaliza o Prefeito de Búzios.

Fotos: Nathalya Couto e Folha de Búzios/ Zilma Cabral








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