Operação contra invasões no Caminho de Búzios, em Cabo Frio.

Cerca de 80  homens na operação

                                                 Comboio de carros de vários segmentos

                                 Máquinas prontas para derrubar construções
                                                 

                                             Cercado indevido

                                              Batendo antes de entrar

                                                 Técnicos constatam construção em servidão

                                               Várias bombas d'água encontradas no local

Depois de várias denúncias de invasão no bairro Caminho de Búzios, em Cabo Frio, a prefeitura tomou medidas enérgicas essa manhã. A Secretaria de Ordem Pública, chefiada pelo Cel. Gilson da Costa, montou uma operação em parceria com a polícia Militar, Polícia Civil, Ampla, Intel e Sotebra (empresas proprietárias dos loteamentos) para reintegração das áreas que estavam sendo invadidas e algumas já construídas.

Cerca de oitenta homens participaram da operação repressiva.

A população elogiava a iniciativa. Para Bruno Souza, morador do bairro há 23 anos, a população estava apreensiva com a rapidez dos invasores:

- Nós não vamos permitir que isso aconteça sem denunciar. Meu medo é que vire favela - explica o morador.

Já Roberto da Silva, que mora há 27 anos na comunidade, denuncia que a ação vem sendo incentivada por um vereador de Cabo Frio:

- Tenho meu terreno legalizado, pago imposto. Respeito a fiscalização. Não posso admitir que um vereador, que nunca mais verá meu voto, fique incentivando uma invasão. A gente vê direto caminhão da empresa desse vereador nos terrenos que estão sendo invadidos.

Ismael Rodrigues Peixoto que foi flagrado construindo em área pública, segundo técnicos da operação, já havia sido notificado em outra ocasião. A polícia suspeita que ele também explore poços artesianos no terreno, comercializando como água tratada.

O acusado negou:

- Esses poços (três) são para saber onde que tem água boa. Eu comprei esse lote achando que era legal. Voltei a construir porque eles disseram que depois de três meses se ninguém viesse na obra eu poderia continuar - tentou se explicar .

Ismael assumiu ainda que trabalhava com carros pipas distribuindo água e lamentou que investiu R$ 80 mil no terreno.

O Cel. Gilson, chefe da operação, destacou que o trabalho só vai parar quando todos forem retirados:

 - Esses terrenos têm donos e outros são de área pública. Os invasores precisam entender que nós não vamos proteger ninguém. Não vamos mais tolerar invasões - disse taxativo.

Chefe de gabinete Alfredo Gonçalves soube das invasões através da rede de notícia que nós disponibilizamos via redes sociais e solicitou a operação. Através de nota ele esclarece: 

Prezada Renata Cristiane,

Primeiro gostaria de te parabenizar pela atuação face aos problemas e ações na
cidade de Cabo Frio. Tenha certeza de que o seu trabalho é de extrema importância
para que estabeleçamos ações administrativas junto ao poder Executivo que melhor
representam o anseio do cidadão cabo-friense. Depois, no tocante à reportagem que
trata das invasões no bairro Caminho de Búzios, gostaria de dizer que, enquanto
chefe de gabinete do prefeito, trabalhamos para combater iniciativas de pessoas que
queiram invadir áreas – sejam públicas ou privadas – no município de Cabo Frio.
Pessoas interessadas na especulação imobiliária têm incentivado a ocupação irregular
e ilegal (invasão) em diversas áreas. Por fim, é bom registrar que o nosso
compromisso, enquanto homem público, é com a cidade.

Também preciso parabenizar o Cel. Gilson da Costa, secretário de Ordem Pública, pela
imprescindível intervenção.

Abraços,
Alfredo Gonçalves