comoção na cidade, mobilizando grande número de policiais
Assaltante se rendeu após muita negociação (Fotos: Rafael Gonzaga) |
Luciano Moreira
O RC24H conseguiu contato com um dos funcionários da
imobiliária que foi assaltada no início da tarde de segunda-feira (7), em
Araruama, fato que desencadeou uma série de situações que causaram comoção em
toda a cidade.
Segundo a vítima, um homem que não quis se identificar, o
assaltante entrou na imobiliária por volta das 12h15, de arma em punho, usando
um capacete e anunciou o assalto.
As três pessoas que estavam no local foram colocadas dentro
de um banheiro, nos fundos do estabelecimento.
Nesse momento, teve início o terror psicológico, já que o bandido
afirmou ter conhecimento de que uma mulher teria estado na imobiliária na parte
da manhã e deixado uma grande quantia de dinheiro e que ele só sairia dali de posse
desse dinheiro, caso contrário, mataria a todos. Nesse momento, outro funcionário chegou e
também foi rendido e levado para o banheiro, junto com os demais.
O assaltante, identificado posteriormente como Marcelo José Machado Rosa, de 37 anos, passou a exigir os pertences das vítimas, de celulares a dinheiro e até as alianças, e aumentou o tom das ameaças, exigindo a quantia que alegava estar de posse da imobiliária: “nesse momento, ele apontou a arma para minha cabeça e disse que eu seria o primeiro a morrer”, relata a vítima.
Como o dono da imobiliária disse que não havia recebido dinheiro nenhum na parte da manhã, o assaltante se enfureceu, batendo fortemente com o capacete na cabeça da vítima e, depois, apontou o revólver.
Medo de morrer
Com o clima cada vez mais tenso ante as constantes ameaças e
a violência com que o assaltante agia, os funcionários tentaram convencê-lo de
que não estavam de posse do dinheiro que ele alegava, fato que o enfureceu de
vez e fez com que apontasse novamente o revólver para a cabeça do funcionário.
Para tentar acalmá-lo, o proprietário disse que havia algum dinheiro de clientes no seguindo andar da imobiliária. O assaltante, então, ordenou que todos subissem até lá com ele, onde se deparou com outra funcionária do estabelecimento, que também foi rendida.
Os funcionários foram ordenados a se sentar no chão e mantivessem as mãos visíveis. Sempre com o revólver em punho que, segundo a vítima, estava engatilhado e com o tambor cheio, o criminoso chegou a afirmar que não tinha intenção de matar ninguém, mas que “se as coisas continuassem como estavam, não teria outro jeito. Tenho, inclusive, balas pra matar a todos e mais algumas pra fugir”.
Nesse momento, depois de pegar todo o dinheiro que havia, ele pegou os computadores e ameaçou as vítimas, dizendo que se ficasse sabendo que o dinheiro que ele alegava saber estar na imobiliária realmente estivesse lá, ele voltaria para matar a todos.
Após quase 20 minutos de angústia e tensão para as vítimas, o assaltante deixou a imobiliária e acabou se escondendo no supermercado, depois de ser perseguido e cercado pela polícia e só se entregou após quase duas horas de negociação, que contou, inclusive, com a participação fundamental do comandante do 25º BPM, tenente-coronel Ruy França.
Saiba mais:
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