Agentes de saúde de Arraial do Cabo entram em greve e pedem a regularização da categoria

Com faixas e cartazes, manifestantes saem pelas ruas 
da cidade em protesto pelos direitos trabalhistas

Agentes de saúde estão em marcha pela cidade

Ana Lúcia de Oliveira
Renata Cristiane

Agentes de Saúde de Arraial do Cabo, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ), saíram em protesto pela regulamentação da categoria, pelas ruas da cidade. Cinquenta e cinco pessoas participam da manifestação na manhã desta terça-feira (15), que começou na porta da Prefeitura, seguiu até a Secretaria de Saúde e, depois, pela região central de Arraial. 

De acordo com o diretor do Sindsprev, Manoel Crispim, a categoria decidiu em assembleia começar a greve. A principal reivindicação é a regularização da categoria, com criação de vagas específicas para a função exercida, além de todos os direitos assegurados, como INSS e FGTS, além dos deveres reafirmados.

Profissionais querem regularização da categoria

"Não podemos aceitar as condições de trabalho em Arraial do Cabo. Tem coordenadora fazendo escalas e colocando agentes de saúde para fazer faxina. Isso não pode ocorrer. Já conversamos com o secretário de saúde, que prometeu dar celeridade ao processo, mas já fazem dois meses e até agora nada", disse Manoel Crispim.

Por outro lado, o secretário de Saúde cabista, Carlos Alberto Barroso, afirmou que está disponível para negociação, mas precisa saber qual é a pauta de reivindicação. 

Secretário de Saúde, Carlos Alberto Barroso

"Não sei quais são as reivindicações da categoria. Tenho todo interesse em receber uma comissão para discutirmos a pauta e dar andamento no que é possível", disse o secretario.

Até o fim da manhã, os agentes de saúde não tinham se reunido com Barroso, porque não abriram mão de entrar com todos os manifestantes na reunião. Além disso, Manoel Crispim, diretor do Sindsprev, afirma que o secretário recebeu a pauta de reivindicações e teria condições de receber a categoria. O secretário, porém, alegou que não há espaço físico no gabinete dele para receber 55 pessoas, portanto, os manifestantes devem se organizar para que a reunião ocorra.