Longa espera de seis horas |
A tragédia do servidor público Carlos Gilberto Cerqueira da Silva, de 50 anos, revelou a inoperância fruto da burocracia da "Delegacia Legal" em todo Estado do Rio de Janeiro.
Gilberto morreu, por volta das 17h desta quinta-feira (30), de forma surpreendente, ao ser atingido na cabeça pelo guidon de sua própria bicicleta, que quebrou ao passar por um buraco na Rua do Moinho, no Peró, em Cabo Frio. Testemunhas disseram que após a queda, ele bateu a cabeça no chão com tamanho impacto, que espalhou massa encefálica no asfalto.
Peritos tiraram corpo da rua e puseram na calçada |
Corpo de Bombeiros chegou com rapidez. Os peritos da 126 D.P vieram logo em seguida e os procedimentos foram tomados agilmente para remoção. Mas eis que; "o sistema caiu". Logo, a internet não estava funcionando na Delegacia Legal, inaugurada há menos de um ano pelo governo do Estado. Com isso, a guia de remoção não pode ser emitida devido a uma numeração gerada no sistema. Conclusão: mais de quatro horas de espera pelo rabecão. População revoltada, autoridades tentando ajudar, policiais tentando se articular, tudo a fim de diminuir o sofrimento dos familiares e moradores do bairro.
Chão lavado pela moradora, mas as marcas persistem |
População revoltada com demora |
Peritos, policiais, bombeiros, sub-prefeito. Todos de mãos atadas esperando o sistema retornar. Quem esteve presente ficou revoltado. Uma jovem conhecida da vítima, que prefere não se identificar, estava indignada:
Peró mais uma vez sofre com remoções |
O rabecão chegou finalmente às 23h, a pedido do delegado, que abriu um precedente diante do apelo vindo de várias pessoas, mesmo sem a volta do "tal" sistema.
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