O diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto
Estadual do Ambiente (Inea), André Ilha, lamentou a falta de apoio aos
guarda-parques que se envolveram em incidente com banhistas na Ilha do Japonês,
em Cabo Frio ,
no fim da tarde de sábado. Um banhista puxou um revólver para os guarda-parques
que pediram para ele não estacionar o veículo em área proibida, de preservação
permanente, no Parque Estadual da Costa do Sol (PECS).
Os agentes de trânsito do município, que não podem multar os
veículos, não impediram o crime ambiental e os PMs do 25º BPM (Cabo Frio),
chamados para prestar auxílio aos guardas do Inea, abordaram mas depois
liberaram o banhista. André Ilha garantiu que as operações vão continuar:
-- Continuaremos presentes nos próximos finais de semana e
no carnaval, mas não podemos carregar o mundo nas costas. Sem o apoio da
prefeitura não dá para colocar todo o meu contingente de guarda-parques
organizando estacionamento na Praia das Conchas, na Ilha do Japonês e
arredores. Isso não teria cabimento – disse o diretor do Inea, acrescentando
que a Guarda Municipal de Cabo Frio não cumpriu o compromisso de participar da
operação de ordenamento das praias.
O ambientalista Ernesto Galiotto denunciou que os crimes
ambientais na Região dos Lagos e nos demais municípios do interior aumentou
depois que o governo estadual acabou com a Batalhão de Polícia Florestal da PM,
que funcionava na Fazenda Colubandê, em São Gonçalo e atendia a todo o estado:
-- Apesar das deficiências materiais, o Batalhão Florestal
tinha duas unidades na Região dos Lagos, uma na Praia Seca e outra em Barra de
São João. Estava sempre presente quando solicitado. Os guarda-parques fazem um
excelente trabalho, mas preciso de apoio de força policial especializada em
meio ambiente em casos como este da Ilha do Japonês – disse o ambientalista.
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