Alvo de críticas
de ambientalistas e embargado pelo município e pelo estado, o projeto Reservas
do Peró, que criaria quatro loteamentos nas áreas próximas às dunas do Peró, em Cabo Frio , na Região dos
Lagos, sofreu novas restrições do Conselho Diretor (Condir) do Instituto
Estadual do Ambiente (Inea), que se reuniu na segunda-feira para analisar o
empreendimento.
Entre as novas exigências para o licenciamento, estão a criação uma zona de amortecimento, que não permite nenhum tipo de construção a menos de cem metros de dunas, e a criação de um padrão urbanístico, a fim de não descaracterizar o ambiente. Os proprietários dos futuros imóveis terão ainda que seguir estilo arquitetônico sustentável, semelhante ao que será usado nas obras do Club Med, que faz parte do empreendimento. Com as mudanças, os loteamentos ocuparão menos de 5% da área total de 4,8 milhões de metros quadrados, o tamanho de Copacabana.
Entre as novas exigências para o licenciamento, estão a criação uma zona de amortecimento, que não permite nenhum tipo de construção a menos de cem metros de dunas, e a criação de um padrão urbanístico, a fim de não descaracterizar o ambiente. Os proprietários dos futuros imóveis terão ainda que seguir estilo arquitetônico sustentável, semelhante ao que será usado nas obras do Club Med, que faz parte do empreendimento. Com as mudanças, os loteamentos ocuparão menos de 5% da área total de 4,8 milhões de metros quadrados, o tamanho de Copacabana.
Saibro jogado sobre dunas virgens |
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Os loteamentos foram mal concebidos e estavam muito perto das dunas. Após o
embargo feito pela prefeitura e pelo Inea, o Condir se reuniu e votou uma
resolução modificando bastante essa situação. Alguns loteamentos foram
cancelados e outros muito reduzidos, mantendo uma distância mínima de cem
metros das dunas, que serão completamente protegidas. O projeto do Club Med,
que é sustentável, não foi alterado — explicou o secretário estadual do
Ambiente, Carlos Minc.
Embargo será suspenso
As
obras do loteamento foram embargadas no dia 16 de setembro, pelo prefeito de
Cabo Frio, Alair Corrêa. Para abrir acesso ao local, as construtoras derrubaram
vegetação nativa junto à Estrada do Guriuri e fizeram grande movimentação de
terra. O prefeito disse que vai suspender o embargo, diante da decisão do Inea.
Ambientalistas
fizeram dois protestos no local. A maioria defende a proibição de qualquer tipo
de construção na área das dunas.
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O empreendimento foi iniciado de forma diferente do que fora projetado. O Inea
reavaliou o projeto. O órgão possui técnicos capazes de avaliar os impactos
ambientais. Se o Inea retirar seu embargo e os empreendedores cumprirem com a
promessa de construir o Club Med eu retiro o embargo do município. O Club Med é
um empreendimento que interessa a Cabo Frio porque vai gerar empregos e renda e
qualificar o turismo — afirmou o prefeito.
Ex-presidente
da antiga Feema (atual INEA) e morador do Peró, o engenheiro Fernando Almeida
disse que mudanças que minimizam impactos ambientais são positivas, mas
alertou:
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Não basta preservar a flora e a fauna e ter uma ocupação do solo racional e
rarefeita nos limites internos sem considerar o entorno em termos de
saneamento, transportes e indução de modelos de negócios locais atrelados aos
empreendimentos.
O
projeto do Club Med Village Peró, ao longo de quatro quilômetros da praia, terá
300 apartamentos e como principais atrações os esportes náuticos como windsurf
e kitesurf. O Village também irá oferecer arco e flecha, escola de circo, quadras
de vôlei, basquete, tênis, futebol e golfe.
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