O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) está convocando os funcionários públicos municipais da Educação de Cabo Frio, para a paralisação de 24 horas, prevista para acontecer amanhã, dia 5 de setembro. Às 15h, está marcada uma assembleia em frente à prefeitura.
Segundo a coordenadora geral do Sepe Lagos, professora Denise Teixeira, o ato tem o objetivo de tentar negociar com o governo municipal, algumas demandas que não foram atendidas no acordo fechado ano passado.
"Sabemos que avançamos muito nas negociações, mas ainda temos demandas que precisam ser atendidas. Conquistamos 52% de reajuste salarial, plano de cargos e salários para todos os funcionários, num acordo histórico. Mas, ainda há pontos a serem discutidos com o prefeito Alair Corrêa, entre eles, fim da obrigatoriedade dos cursos, isonomia salarial para os contratados, insalubridade para os ASGs (Auxiliares de Serviços Gerais) e cozinheiros e ressarcimento do Ibascaf. Todas são pautas que vamos lutar para conquistar", disse Denise Teixeira.
De acordo com ela, na semana passada ocorreu um mal entendido entre o Sepe e o prefeito Alair Corrêa. "Informaram a ele que estávamos acompanhado de pessoas de outras categorias e até de fora da cidade. Mas, na verdade, havia quatro diretores do sindicato e um funcionário da Escola São Cristóvão. Essa comissão foi aprovada em assembleia. Vale ressaltar que, a categoria é quem delibera, em assembleia, os passos a serem dados e não a diretoria do sindicato", disse a professora.
A paralisação da rede municipal de Cabo Frio será somente na quinta-feira, dia 5, voltando ao normal no dia seguinte. Já nas escolas do Estado, a greve continua. De acordo com Denise Teixeira, a adesão ao movimento grevista na rede municipal chega a 60%. "A greve no Estado começou no dia 8 de agosto e continua até termos todos as demandas atendidas", afirmou a sindicalista.
Secretaria de Educação afirma
que vai haver aula amanhã
A Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que as aulas não serão suspensas nesta quinta-feira, dia 5. A secretaria reiterou o apoio ao movimento grevista, considerando o mesmo legítimo, mas afirmou que as escolas municipais funcionarão normalmente. "Muitos alunos vão à escola para se alimentar, além de estudar. Os colégios têm uma rotina, fora das aulas, que deve ser mantida. Além disso, muitos professores não aderem à paralisação. No ato da semana passada, o número de alunos que foram mandados para casa, porque o professor aderiu ao movimento sindical, foi muito pequeno. Então, recomendamos aos pais que mantenham a rotina normal", informou a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação.
Entidades sindicais disputam
direito de defender a classe
Denise Teixeira, do Sepe à frente das negociações |
Denise Alvarenga, diretora do Sepe Lagos |
De acordo com a sindicalista Denise Alvarenga, que faz parte da diretoria do Sepe Lagos, a central do Rio já recorreu na Justiça para reverter
ato que tirou a licença de funcionamento do sindicato, em ação promovida pela
União dos Professores Públicos do Estado (UPPE).
" Esse assunto é antigo. Estão trazendo a tona
para desqualificar nossa legitimidade, mas, na verdade, quem legitima a entidade é a base. Quem é a UPPE para nossos profissionais? Quando a UPPE negociou algo aqui na região em nome
da categoria? Essa entidade sempre existiu e nunca intermediou nenhuma
negociação na Região dos Lagos ou no Estado do Rio", disparou a sindicalista
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