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Foto: G1 |
A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), fez um verdadeiro arrastão em Arraial do Cabo e prendeu 13 pessoas na manhã desta sexta-feira, na Operação Ariadne. Entre os presos estão o atual presidente da Empesa de Saneamento de Arraial do Cabo (Esac), Claudio Cesar Andrade Bertollo; Henrique Cardoso Barreto, secretário de Esporte e Lazer de Arraial do Cabo e ex-conselheiro fiscal da Esac, entre o período de abril de 2011 e junho de 2012; Aurora Cunha de Macedo Cardoso Barreto, esposa de Henrique; Josino Andrade Filho, ex-presidente da Esac; Newton de Ameida Machado, ex-comprador da Esac; Altino Peluso Filho, diretor administrativo da Esac; Alan Luiz Duarte, responsável pelo controle interno da Esac e Alcir Marinho Mendonça, membro da comissão de licitação.
Também tiveram prisão temporária decretada Gabriel Luiz Coutinho Ferreira, Rita Mara Flores, Lidce Lemos de Almeida Andrade, Paula Lemos Almeida Oliveira, Fernando Luis Duarte Junior, Heloisa Rosa Nunes Pimentel e Tiago Damasceno Gomes. Essas pessoas, segundo o delegado federal responsável pela Operação Adiadne, Júlio César Ribeiro, “eram ligadas a Esac e tinham poder de decisão para autorizar e conseguir aliciar pessoas, que pode-se falar laranjas, para o esquema criminoso", explicou o delegado sobre as pessoas envolvidas no esquema fraudulento.
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Delegado Júlio Cesar Ribeiro |
A Operação Ariadne, deflagrada nas primeiras horas da manhã, teve como objetivo prender pessoas envolvidas em desvio de verba repassada pelo governo federal. No total, são 15 mandados de prisão expedidos pela Justiça, sendo que 13 foram cumpridos até o fim da tarde desta sexta-feira. Dos 13 presos, 3 foram liberados e os outros 10 levados para o presídio de Campos dos Goytacazes. Os envolvidos possuem ligação com a Esac. A quadrilha seria responsável por elaborar contratos fraudulentos de locação de veículos. Os contratos seriam feitos sem licitação e com direcionamento a pessoas ligadas à própria Esac.
Operação desarticula quadrilha na região
Segundo o delegado da PF, Júlio Cesar Ribeiro, os envolvidos desviaram cerca de R$ 350 mil de dois contratos com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que somam R$ 1 milhão. Os dois contratos seriam para executar obras de melhorias sanitárias em Arraial do Cabo. Porém, servidores da Esac informavam à Funasa a necessidade de contratar veículos para que engenheiros avaliassem a situação de cada localidade que receberia as obras, para que os projetos pudessem ser executados.
Porém, os veículos nunca foram contratados, segundo o delegado. "Desde 2010, nós percebemos que tinha muita locação de veículos e depois das investigações que realizamos percebemos que esses contratos eram fictícios, sem licitações, e que os veículos nunca foram utilizados, muito menos seus motoristas", explicou o delegado completando. "O esquema continuou mesmo com a troca da diretoria porque eles perceberam que conseguiam angariar de R$ 20 mil a R$ 30 mil. Não havia suspeita no contrato de R$ 500 mil com a Funasa, e a organização criminosa continuou. Felizmente, conseguimos pegar a cúpula dessa quadrilha que tanto afeta a comunidade de Arraial do Cabo".
Os presos na operação responderão por formação de quadrilha, peculato, por se apropriarem indevidamente de dinheiro público, fraude em licitação, improbidade administrativa, entre outros delitos que serão apurados durante a investigação"
Os presos na operação responderão por formação de quadrilha, peculato, por se apropriarem indevidamente de dinheiro público, fraude em licitação, improbidade administrativa, entre outros delitos que serão apurados durante a investigação. O dinheiro desviado por essa quadrilha criminosa é de cerca de R$ 350 mil.
O advogado de Henrique Cardoso Barreto, secretário de Esporte e Lazer de Arraial do Cabo, disse que o cliente não possui envolvimento com a organização e que ele não possui envolvimento com desvio de verba pública. Disse ainda que está tentando anular a decisão da juíza federal Angelina de Siqueira Costa.
O delegado federal Júlio Ribeiro informou ainda que todos foram encaminhados ao presídio de Campos dos Goytacazes, onde permanecerão presos por cinco dias, segundo decisão da Justiça, "visto o iminente risco dos mesmos embaraçarem a produção de provas necessárias à conclusão da futura ação penal a ser proposta, apagando os vestígios dos crimes".
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parabens, você publicou os nomes destes safados.
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