Mais uma vez a Justiça decidiu: a eleição da atual diretoria
da Associação Comercial, Industrial e Turística de Cabo Frio (Acia) é legal. E
determinou: o ex-presidente José Martins de Souza fica obrigado a devolver à
entidade a antiga subsede (na Rua Major Bellegard, no Centro de Cabo Frio), que
desde a véspera da posse dos novos diretores (em abril deste ano) está,
indevidamente, sendo utilizada como sede do Clube de Diretores Lojistas (CDL).
Esta é a segunda resposta negativa, seguida, à tentativa do
ex-presidente de impugnar a eleição da atual diretoria da Acia: José Martins
alega ter havido diversas irregularidades no processo eleitoral. Mas, na nova
decisão (em resposta à uma ação ordinária de Imissão de Posse de autoria da
Acia contra o ex-presidente da entidade), o Juiz nega a existência de
irregularidades, e declara: “Inteira razão assiste a parte autora, eis que o
presidente da Associação fora efetivamente eleito, não havendo qualquer
irregularidade na realização da eleição para o biênio 2013-2015” .
Com base no reconhecimento legal da eleição da nova
diretoria, o Juiz completou a sentença, determinando que José Martins devolva à
Acia o prédio onde hoje funciona o Clube de Diretores Lojistas de Cabo Frio:
“Da análise da documentação acostada aos autos, conclui-se o imóvel da Sub sede
é de utilização da Pessoa Jurídica da Associação, sendo a mesma a legítima
possuidora (…). ISTO POSTO, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, para IMITIR a parte
autora na posse do imóvel objeto da presente, declarando resolvido o mérito, na
forma do artigo 269, I, do CPC, tornando definitiva a tutela ora concedida”. Na
decisão a Justiça também condena o ex-presidente José Martins “ao pagamento das
custas e honorários que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa”.
Para o atual presidente da Acia, Walmir Leal Porto, a
decisão da Justiça não poderia ser diferente:
- Desde o início estranhamos o fato do ex-presidente
declarar que houve irregularidades na eleição tendo em vista que foi ele mesmo
quem conduziu o processo eleitoral. Portanto, se tivesse mesmo alguma
irregularidade, o responsável seria ele, e não a atual diretoria. Com relação à
devolução da antiga subsede, estamos apenas requerendo um bem imóvel que
pertence à Acia. E a própria Justiça, após avaliar a documentação apresentada,
reconheceu esse direito – comentou.
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