O Hospital Regional de Araruama, Região dos Lagos do Rio, vive uma situação crítica. Cerca de 260 médicos e técnicos de enfermagem estão sem receber há dois meses. O pagamento é feito por uma cooperativa que presta serviço à secretaria estadual de Saúde.
A unidade funciona com apenas 70% da capacidade. Segundo a cooperativa, são pelo menos R$ 800 mil de salários atrasados. De acordo com Carlos Alberto Peixoto, diretor do hospital, foi decidido, em reunião com o Ministério Público, que haverá redução do número de leitos e da quantidade de cirurgias.
Na segunda-feira (3), o Ministério Público notificou a cooperativa Multiprof, responsável pelos pagamentos, para que tudo se regularize até o próximo dia 13. Os salários dos funcionários não teriam sido pagos porque a conta da cooperativa estaria bloqueada por determinação judicial. O problema começa a refletir em outras unidades de saúde, que ficam sobrecarregadas para o atendimento, como a Unidade de Pronto Atendimento da cidade.
Segundo a secretaria estadual de Saúde, ao fazer a liberação para o pagamento dos funcionários da cooperativa, foi informada que a conta da empresa estava bloqueada por determinação judicial. Ainda segundo a secretaria, desde segunda-feira (03) uma nova cooperativa assumiu a contratação de funcionários.
Um representante da cooperativa Multiprof em Araruama, Marcelo David, informou que não entende por que o repasse não foi feito, reconhece que a empresa tem questões trabalhistas pendentes na justiça, mas que nenhuma delas gerou o bloqueio da conta. Ainda de acordo com o representante, a cooperativa não foi notificada pelo MP e o departamento jurídico tenta resolver o problema.
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