Uma caravana de moradores de Angra dos Reis e Paraty, na Costa Verde fluminense, além de representantes de municípios fluminenses chegam na manhã desta quinta-feira em Brasília para participarem de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. O objetivo é discutir a precariedade de atuação da concessionária de energia elétrica Ampla, que atua em 66 municípios do Estado do Rio. Os consumidores reclamam de constantes cortes de energia, da falta de manutenção da rede de distribuição, da demora no atendimento aos pedidos de conserto e da falta de investimentos.
O deputado federal Fernando Jordão (PMDB-RJ), que convocou a audiência, disse que a região da Costa Verde, os consumidores chegaram a fechar estradas para obrigar funcionários da Ampla a restabelecerem a energia em bairros de Angra dos Reis e Mangaratiba. Os moradores de Angra e Paraty chegarão a Brasília de ônibus fretado.
- Na Semana Santa houve uma grande mortandade de Peixes na Lagoa dos Ossos, em Búzios, por causa de um pique de energia na estação de tratamento de esgotos da Prolagos. No verão passado, um problema na rede de Cabo Frio foi atendida por um carro da Ampla que seguiu de Niterói, a quase 200 quilômetros de distância. Na Costa Verde, os hoteleiros e condomínimos tiveram grande prejuízo por causa dos constantes apagões. Em Mambucaba, que tem 30 mil habitantes, não há uma equipe de manuteção da Ampla - disse o parlamentar.
A convocação da audiência pública foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Minas e Energia. Foram convidados para participar o presidente da Ampla, Marcelo Llévenes; o diretor-geral interino da Aneel, Romeu Donizete Rufino; o presidente do Procon do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Roca; e o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.
Em Niterói e São Gonçalo, os moradores costumam ficar sem água porque os piques de energia param o bombeamento de água na Estação de Tratamento de Imuna-Laranjal. Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, os moradores e hoteleiros da Ogiva e Peró chegaram a ficar sem energia durante 5h45m em setembro do ano passado. A proprietária do Hotel La Plage, Alda Cunha, ainda guarda os seis protocolos de reclamações que fez à Ampla. O hotel tem 80 apartamentos e teve que paralisar seus serviços, com grande prejuízo, por causa dos constantes problemas de falta de energia
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