A Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) realizaram na última segunda-feira, dia 14, uma operação técnica e de fiscalização, tendo como objetivo coibir situações de não conformidades ambientais, em alguns empreendimentos no município. O trabalho conjunto do INEA e das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e de Planejamento resultou em embargos de obras anteriormente notificadas e o atendimento à ordem judicial, para retirada de placas de anúncios de um condomínio em uma Área de Especial Interesse Ambiental (AEIA 4), contígua ao Mangue de Pedra. A ação durou mais de seis horas e se caracterizou como o início de um resgate da legalidade e da fiscalização ambiental no município.
O objetivo principal da iniciativa foi fiscalizar empreendimentos com evidências de irregularidades, a fim de autuar proprietários e responsáveis técnicos, que estavam operando sem as devidas licenças ambientais e, também, notificar as obras licenciadas, mas que não estavam cumprindo as condicionantes técnicas, que neste caso, atestando-se a não conformidade ambiental, pode-se rever o ato da liberação da licença dada.
Participaram diretamente da iniciativa o Vice-Prefeito e Secretário Municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz; o Secretário de Serviços Públicos, Eraldo Pereira; o coordenador técnico regional do INEA, Jorge Luiz Resende, além de agentes de fiscalização do INEA e equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Planejamento.
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| obra do canal Marina |
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| Obra em João Fernandes |
“A obra possui evidências que caracterizam a paralisação da mesma. Havia documentos que o arquiteto que nos recebeu não sabia nem que existiam. Estamos fiscalizando este empreendimento desde o ano passado, quando no feriado de Finados flagramos a derrubada de várias árvores, sem apresentar qualquer autorização. Isso configura crime”, afirmou o Vice-Prefeito e Secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz.
Um dos momentos de destaque da operação ambiental foi a retirada das placas de publicidade da construção de um condomínio na Área de Especial Interesse Ambiental que abriga o Mangue de Pedras, um tipo raro de ecossistema no Brasil, segundo especialistas. O caso do mangue já tinha sido alvo de polêmicas na imprensa nacional, após os próprios moradores denunciarem a invasão da área por empresas responsáveis por grandes condomínios e interessadas em construir no local. Nesta segunda-feira, dia 14, a Prefeitura cumpriu a determinação judicial para retirar as placas. Embora a empresa prometesse a manutenção de 95% da área de reserva, quando iniciou a negociação no município, o Ministério Público constatou, dentre outras irregularidades, que a construção de 221 casas duplex na área de 17 mil m² não estaria respeitando os limites estabelecidos no Plano Diretor.
Outra construção notificada, desta vez pelo INEA e pelo governo municipal, foi a de um galpão para barcos, na Marina. Além de licença ambiental, o proprietário deverá apresentar ao INEA a planta da obra, por se tratar de uma construção às margens do Canal da Marina. De acordo com o Planejamento, embora tenha ocorrido o pedido de licença, o documento ainda não foi liberado, implicando, desde a segunda-feira, a paralisação da obra, até que toda a documentação seja apresentada. O proprietário foi obrigado, ainda, a pagar uma multa de 317 UPFM (Unidade Padrão Fiscal do Município), o equivalente a R$ 800.





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