Enfim,
começa 2012
Dizem que o
ano no Brasil começa de verdade na segunda-feira depois do Carnaval e, segundo
uma piadinha que já circula na rede, começou aquele intervalinho insuportável
entre a folia e as festas de fim de ano. Se isso for mesmo verdade, as
previsões para 2012 estão pra lá de sombrias e não precisamos de nenhum
babalorixá para constatar isso.
Vejamos por
exemplo o caso do Rio de Janeiro, onde o prefeito Eduardo Paes já anunciou que
teremos uma das maiores epidemias de dengue da história, teoria repetida por um
dos responsáveis pelo controle da doença em uma das cidades da Região dos
Lagos. Como assim, gente? Quer dizer que quem é pago por nós para evitar esse
tipo de coisas assume publicamente a incompetência e nada acontece?
Como a temporada
de chuvas de verão ainda não começou, exceção para a tal zona de convergência
que manteve a metade do mês de janeiro com o céu cinzento, temo pelas enchentes
e alagamentos que irão acontecer com as águas de março, que também deverão
colaborar para o recrudescimento da epidemia. Entra ano e sai ano e as cidades
continuam e deverão continuar por muito tempo despreparadas para as forças da
natureza, boa parte disso por culpa dos dirigentes.
Quem
sobreviver a epidemia de dengue e às enchentes, deverá encarar também uma
eleição municipal, que pela primeira vez acontecerá sob a égide da Lei da Ficha
Limpa. Essa parece ser uma boa noticia, mas não é assustador verificar que em
cidades como São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo todos os principais candidatos poderão estar
impedidos de registrar a candidatura e nas outras cidades, o cenário, se não se
repete, é bastante semelhante?
Aliás, o
ano conforme os brasileiros ainda nem começou e a baixaria já rola solta na
pré-campanha, principalmente na grande rede, onde os pré-candidatos se
engalfinham não diretamente, mas através de assessores e colaboradores, com os
blogs e as redes sociais. Os ataques são da cintura para baixo e alguns são de
um nível tão baixo que faz a gente pensar até aonde essas pessoas iriam para
eleger os seus líderes. Mas isso sem entregar-lhes uma arma na mão. Aí já seria
perigoso demais.
Quando
começar a campanha e for instalado o fantástico mundo de Bob (quem assistiu ao
desenho sabe o que é, quem não, pesquisa na internet), vamos ver e ouvir, pelo
rádio e TV ou, nas cidades pequenas, nos carros de som e comícios, aquelas
promessas que nunca serão cumpridas e só servirão para encher nosso saco, bem
na hora em que a gente estava no nosso lazer assistindo ao programa favorito.
Caso
sobrevivamos a tudo isso, dizem que o mundo acaba no dia 21 de dezembro, data
em que o calendário da civilização maia não é mais renovado. Não posso
assegurar se essa previsão está certa, mas não duvido nem um pouco das outras
acima. De toda forma, o cenário descrito é bem parecido com o de um apocalipse,
não é mesmo?
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