sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Artigo de Renato Silveira (Folha dos Lagos).O tabuleiro das eleições




A entrevista concedida pelo prefeito Marquinho Mendes a um programa de rádio e a um semanário mexeu, mais uma vez (e não será a última) no tabuleiro do jogo de xadrez que será a sucessão municipal em Cabo Frio. Em seu pronunciamento, o chefe do Executivo confirmou o favoritismo de seu ex-amigo e atual maior adversário, o ex-prefeito Alair Corrêa e disse, com todas as letras, que não será possível derrotá-lo sem juntar forças, pregando a união entre o pré-candidato escolhido por ele, o chefe de Gabinete, Alfredo Gonçalves e o deputado estadual Jânio Mendes, também prefeitável.

Marquinho disse isso sem falar se Alfredo desistiria em favor de Jânio ou vice-versa, mas se pararmos para pensar, o primeiro é o seu escolhido, portanto faz mais sentido pensar que quem deveria desistir, na cabeça do prefeito, seria o deputado. Ocorre que o chefe de Gabinete não decolou nas pesquisas e também não conta com a simpatia do governador Sérgio Cabral, que mais de uma vez, declarou que prefere ver Jânio sentado na cadeira hoje ocupada por Marquinho.

Além  disso, é mais fácil convencer a alguém do próprio grupo a desistir de uma idéia do que no meio dos teoricamente adversários. Isso posto, não sabemos ainda o que se passa na cabeça do prefeito e não temos certeza nem ao menos se quer mesmo derrotar Alair Correa, porque se quisesse de verdade, teria feito um governo muito menos preguiçoso do que o que fez no segundo mandato e o candidato escolhido não teria que nadar contra a correnteza num mar de rejeição.

E parafraseando Ronaldinho, o gaúcho, Alair é Alair. O veterano político cabofriense pode ter feito um mandato pífio na Alerj (sua passagem por lá não deixou marcas, até porque pouco aparecia) e parecer, para boa parte da população, um obcecado pelo poder. Mas sua liderança é incontestável e o número de gente que o segue fiel e cegamente chega a assustar. Mas não é imbatível (já perdeu eleições para José Bonifácio e o próprio Marquinho Mendes) e tem como ponto fraco o próprio comportamento.

O prefeitável Paulo César parece querer brincar de Deus. Todo mundo sabe que existe, mas ninguém vê. Falando sério, o cara trocou de partido pela terceira vez em pouco tempo, não tem grupo político e mesmo assim, aparece mais ou menos bem na fita. O problema é que dificilmente elege um vereador e não tem quem faça campanha com ele. Na minha opinião, é carta fora do baralho.

Ainda há a candidatura ideológica, aquela que faz lembrar o PT do início dos anos 80 (e não por acaso, o PSOL saiu de dentro desse partido), representada aqui pelo economista Cláudio Leitão. Não se coliga e também não elege vereador e prefeito e, provavelmente vai continuar discutindo política nos cafés das esquinas da cidade, Sem, obviamente, ter nenhuma influência nela.

Há ainda os nomes do empresário Froilam “Cabofolia” Moraes e do presidente do Legislativo, Silas Bento, que tentam entrar nesse tabuleiro. O prefeito fez pouco caso, disse que não serão candidatos. Até junho, as peças estarão posicionadas no tabuleiro e a decisão será do eleitor. Que vença o mal menor!


Um comentário:

  1. EU TAMBÉM PREFIRO O JÂNIO SENTADO NO LUGAR DE MARQUINHO. MAS EU ACHO QUE O PÉSSIMO GOVERNO DE MARQUINHO, JÁ ERA PLANEJADO PARA MANTER O "PACTO" DO "PROJETO 30 ANOS”. EU NUNCA VI TANTO DESCASO COM OS CIDADÃOS E A CIDADE NA MINHA VIDA.
    SE "ALAIR É ALAIR" FOI PORQUE MARQUINHO QUIS ASSIM, NÃO É? OPORTUNIDADES NÃO LHE FALTARAM PARA "ALAIR NÃO SER MAIS ALAIR".

    SABIA? COMO EU TAMBÉM FICO IMPRESSIONADO O CARISMA, QUE ESTA MAIS PARA FANATISMO DE MUITA GENTE NA CIDADE COM O ALAIR - TEM HORA QUE CHEGA SER PATÉTICO. COITADO DO MEU POVO!


    AH, RENATA PODE COLOCAR O NOSSO AMIGO NA SESSÃO: “GATO”.. Rsrsrs

    ResponderExcluir