Artesãos, agora, querem local permanente para
exposição de
seus trabalhos na Praia do Forte
Luciano Moreira
“Já conseguimos muito com o governo Alair Corrêa, agora falta um pouquinho mais”.
“Já conseguimos muito com o governo Alair Corrêa, agora falta um pouquinho mais”.
É com essa frase que a coordenadora de artesanato da secretaria Municipal de Turismo de Cabo Frio, Vânia Carvalho, inicia qualquer conversa que envolva o crescimento do artesanato em Cabo Frio.
Prefeito Alair está de bem com os artesãos |
Entusiasta e admiradora de primeira hora do talento dos artesãos cabofrienses, Vânia recebeu nossa equipe na Casa Artesanal, que para ela é a primeira e maior conquista, até hoje, da classe em Cabo Frio.
Segundo Vânia, a acolhida por parte do atual governo aos artesãos, viabilizando a abertura da Casa Artesanal serviu para mostrar, efetivamente, que Cabo Frio tem um artesanato de qualidade e artesãos talentosos e, principalmente, para mostrar que o espaço destinado à categoria na Praça da Cidadania é insuficiente para atender ao número de artesãos que vivem e trabalham, hoje, na cidade: “trabalhei 13 anos na associação da feira da Praia e em várias outras feiras de artesanato pela cidade e, hoje, dos 180 boxes da Praça, mai ou menos 20 são ocupados por artesãos. Os demais, ou fornecem alimentação ou produtos industrializados. A abertura da Casa Artesanal serviu para que muitos artesãos que estavam no anonimato, trabalhando em casa, soubessem que podem ter um espaço digno para expor e vender seus produtos, mas os boxes já estão ocupados”, advertiu.
Turistas fazem compras na Casa Artesanal |
Vânia acredita que o prefeito Alair Corrêa, com sua preocupação de fazer do turismo a principal atividade econômica pós-royalties, vai levar o artesanato aonde o povo está, ou seja, à Praia do Forte: “neste verão, misturado aos produtos industrializados e aos boxes de alimentação, os artesão venderam 70% menos do que costumavam vender. Uma feira temática, só de artesanato, resolveria esse problema e, ao mesmo tempo, associaria definitivamente o artesanato ao turismo, criando o elo que falta para as pretensões tanto de Cabo Frio quanto do artesanato”, afirmou.
Sustentabilidade, parceria e certificação
"Cocomóvel" recolhe material na orla de Cabo Frio |
Uma das principais características do artesanato cabofriense é o trabalho com materiais reciclados. Uma recente parceria firmada com a Comsercaf vem transformando o coco descartado nas praias e nas lanchonetes em matéria prima para verdadeiras obras primas. A fibra do coco já chega triturada para os artesãos que já começam a produzir trabalhos de encher os olhos: “cidades do nordeste do Brasil têm o artesanato, já, como atividade econômica intrinsecamente ligada ao turismo e, lá o trabalho com fibra de coco é mais desenvolvido que aqui. Estamos buscando uma parceria com o Sebrae para que possamos realizar workshops com artesãos especialistas em trabalhos com a fibra do coco para capacitar os artesãos locais e difundirmos mais esse talento cabofriense”, diz uma Vânia mais que entusiasmada.
Artesãos tem participado de feiras e eventos |
Fachada da Casa Artesanal |
Segundo a coordenadora de Artesanato de Cabo Frio, a qualidade dos trabalhos produzidos aqui vem ganhando o reconhecimento nacional, por meio da participação em feiras em diversas cidades do país, sempre com a colaboração da prefeitura, por isso, se faz necessária a elaboração de um selo de certificação dos trabalhos genuinamente cabofriense, aumentando a importância do apoio à atividade: “as pessoas gostam do artesanato, gostam da originalidade e querem um trabalho único. Então, é só trabalhar direitinho, que estamos no caminho certo, com nosso prefeito abrindo ainda mais as portas para o artesão cabo-friense”, finalizou.
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