Turistas enfrentam filas e demora de até 30 minutos para
garantir o café da manhã no Carnaval
Esta foto não precisa de legenda! |
Luciano Moreira
Todo café da manhã que se preze tem que ter um pãozinho francês,
de preferência quentinho. Mas em Cabo
Frio, durante o Carnaval, essa e uma tarefa inglória. A população da cidade aumenta
exponencialmente e a capacidade de atender a todos os que procuram pelo “pão
nosso de cada dia” não consegue acompanhar o ritmo.
As filas impressionam não só pelo tamanho, mas pela
expressão estampada nos rostos dos que esperam sua vez. Um turista mineiro, que não quis se
identificar, contou que na casa onde está hospedado, na noite anterior é feito
um sorteio para ver quem vai pra fila do pão: “teve um caboco (expressão mineira para definir sujeito, homem, rapaz) lá
que pagou pra outro vir no seu lugar”. A
questão, segundo ele, não é só a fila, mas ter que acordar cedo depois da farra
da noite anterior.
Mas existem outros semblantes nada amistosos na fila que não
são motivados por essa condição de turista/farra/acordar cedo. São os moradores de Cabo Frio que enfrentam a
mesma fila: “deveria ter uma fila só pra morador e outra pra turista”, afirma
um cabofriense que também não quis se identificar.
Segundo a proprietária de uma padaria, ela teve que
contratar seis funcionários para o verão, entre atendentes, confeiteiro e
padeiro, para dar conta de uma aumento de 200% na produção e nas vendas: “o
mais difícil foi arrumar um padeiro religioso, que não fosse pra farra todo dia
pra poder chegar no horário”, brincou.
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