Amarildo dos Santos Costa trabalhou para a família
por dois anos e foi demitido em 2012
Amarildo dos Santos Costa (fotos: divulgação Polícia Civil) |
Investigações da Delegacia Antissequestro (DAS) apontam que
o caseiro Amarildo dos Santos Costa, de 32 anos, teria ajudado a planejar o
sequestro da filha do empresário italiano Ettore Castelluzzo, de 15 anos, há uma semana. Terceiro
preso pelo crime, ele trabalhou para a família, em Arraial do Cabo, na Região
dos Lagos, por dois anos antes de ser demitido, em 2012.
De acordo com o delegado Claudio Gois, titular da DAS,
Amarildo contou que foi atraído para o crime pelos comparsas, mas os agentes
ainda apuram a versão contada por ele. Durante a ação, Edson de Sousa, de 60
anos; e Osmar Elias Barbosa, de 49, morreram. Rodrigo Rodrigues da Silva, de
29, conseguiu fugir:
— Em 90% dos sequestros, há bandido ligado à vítima, um
empregado ou parente.
Para a polícia, os sequestradores planejaram a ação com pelo
menos duas semanas de antecedência, comprando dois chips de celular e alugando
uma casa, usada como cativeiro.
Rendidos na porta de casa
O empresário Ettore Castelluzzo e sua filha foram rendidos
quando chegavam na casa da família, em Arraial do Cabo, às 22h30m do sábado
retrasado. Eles estavam em um Crossfox e foram abordados por quatro homens
armados a pé, que entraram no veículo e, no meio do caminho, trocaram Ettore de
carro.
Pai e filha ficaram juntos no cativeiro, na Praia do Peró,
em Cabo Frio, por duas horas. Lá, foi decidido que o empresário seria libertado
e a menina continuaria refém. Ettore recebeu um chip por onde os criminosos
fariam contato.
Cativeiro onde a adolescente ficou |
Na terça-feira, foram feitas três ligações com ameaças e foi
determinado que o italiano pagasse R$ 720 mil pelo resgate da adolescente.
Horas depois, os agentes da DAS chegaram até o cativeiro e libertaram a
estudante.
Participaram da operação montada para solucionar o sequestro
39 policiais civis, entre eles dois delegados.
Sequestros
Há um ano, o Rio não registrava esse tipo de crime.
O delegado Claudio Gois orienta as vítimas a não negociar
com os criminosos: “A primeira coisa que têm que fazer é procurar a DAS e
atender a todas as nossas recomendações. Nós ficamos sequestrados 24 horas
junto com a família, para resolver o caso o mais rápido possível.”
Fonte: Jornal Extra
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