quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Quatro meses após o furto, seu Marinô ainda não recebeu nenhum centavo de campanha

Raquel Andrade visitou Marinô na casa dele
A mobilização para ajudar o guardador de carros e catador de latinhas, Marinô Paschoal de Melo, 45, a reaver o dinheiro furtado pela duas sobrinhas, incentivadas por uma vizinha e a filha dela, foi grande. As ajudas vieram não só de Cabo Frio, mas de outras cidades da região, do Estado e do País. Ao todo, foram depositados na conta poupança, no Banco do Brasil, em nome de Marinô, R$ 7 mil. Mas, o valor maior foi o arrecadado na campanha do site www.vakinha.com.br, organizada por Fabiana Andrade. Na página da campanha, consta que foram arrecadados R$ 28.870,58, que até esta quinta-feira (19), não foram parar na conta bancária do catador de latinhas.

Veja a página da campanha no link: http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=211453

Já se foram quatro meses. As promessas foram grandes e feitas para todo mundo ver, em programas de rádios, TV, jornais e internet. Porém, as pessoas que se comprometeram com o seu Marinô, até a presente data, não cumpriram com os compromissos firmados. O empresário de São Gonçalo, que prometeu doar um terreno, no valor de R$ 25 mil, sumiu e não passou qualquer documento para o catador de latinhas, comprovando a a doação da área. 


As sobrinhas foram furtando o dinheiro aos poucos
O caso aconteceu em agosto deste ano, quando Marinô percebeu que os R$ 28 mil, guardados em uma mochila, dentro do guarda-roupas que fica no quarto do catador de latinhas. Ele demorou dez anos para economizar a quantia. O objetivo era comprar uma quitinete, para alugar e assim viver com a renda do aluguel. O furto foi praticado pelas sobrinhas de Marinô, que são pré-adolescentes. Elas foram incentivadas por uma vizinha e a filha dela. Com o dinheiro, a acusada comprou geladeira, mesa, além de equipamento eletrônicos para as três meninas e passeios. Ela foi indiciada por corrupção de menores. O caso teve grande proporção e foi parar no Domingo Espetacular, da TV Record.

O radialista Ademilton Ferreira, da Rádio Litoral FM, que foi um dos grandes incentivadores da campanha, divulgando a iniciativa no programa dele, entrou em contato com a mineira Fabiana Andrade, para saber o motivo que levou ela a não repassar o dinheiro para seu Marinô. Entre as diversas desculpas, ela alegou que precisava do número do CPF do catador de latinhas para fazer a transferência do dinheiro. Fabiana garantiu que fará a transferência nesta quinta-feira (19).

Enquanto isso, o guardador de carros, que tem deficiência física e mental, anda nas ruas com medo de ser sequestrado. No local onde trabalha, no bairro São Cristóvão, as pessoas dizem para Marinô que ele está rico. Ele, por sua vez, fica constrangido, pois sabe que não tem nenhum dinheiro e sofre com a possibilidade de ser roubado pela segunda vez.  

Relembre o caso:
Cabofrienses se mobilizam para ajudar catador furtado

Polícia acredita que sobrinhas furtaram Seu Marinô

Vizinha de Marinô vai ser acusada de corrupção de menores

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