quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Rede Municipal de Ensino de Cabo Frio entra em greve por mais 72 horas

O impasse entre o governo municipal de Cabo Frio e o Sindicato Estadual do Profissionais da Educação (Sepe Lagos) parece não ter fim. De um lado, a certeza de ter cumprido tudo o que é possível, dentro das reivindicações da categoria. Do outro, a insatisfação com o desacordo e o não atendimento aos pontos acordados na mesa de negociações. Enfim, o resultado de todo esse impasse, é uma nova greve, por mais 72 horas, na rede municipal de ensino, iniciada nesta quarta-feira (16).

A paralisação pode não afetar todas as escolas. Mas em algumas, as adesões existem, e deixam muitos alunos sem aulas. De acordo com o coordenadora do Sepe Lagos, professora Denise Teixeira, a greve foi convocada porque o prefeito Alair Corrêa não cumpriu o acordo firmado na última mesa de negociações. "Queremos que todos os pontos acordados sejam cumpridos, como a isonomia salarial, fim da obrigatoriedade dos cursos, ressarcimento do Ibascaf, entre outros. Tudo isso foi concordado pelo prefeito, mas até agora nada", disse Denise Teixeira.

O Sepe Lagos realizou nesta manhã uma panfletagem,no Largo de Santo Antonio, no bairro Itajuru, com objetivo de informar à população os motivos da greve. Na quinta-feira (17), os professores se reunirão em frente a Câmara de Vereadores, para um apitaço, às 16 horas. A categoria se reúne também na sexta-feira (18), às 9h, em assembleia, em frente à Prefeitura de Cabo Frio, quando define o rumo do movimento.

A Secretaria Municipal de Educação informa que, apesar da greve, as escolas municipais estão funcionando normalmente.

STF suspende corte de pontos 
dos professores do Estado

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na terça-feira (15) suspender o corte do ponto dos professores que fizeram greve no estado do Rio de Janeiro.
A decisão é liminar (provisória) e valerá até que seja realizada uma audiência de concliação convocada pelo ministro para o próximo dia 22, às 18h, no Supremo.

Foram chamados para a audiência o governador Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e integrantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro, autor do pedido ao Supremo. Depois da realização da audiência, o plenário do Supremo ainda terá de se manifestar sobre o caso, mas ainda não há data para isso.

Em setembro, o órgão especial (instância máxima) do Tribunal de Justiça do Rio julgou pedido do governo estadual e autorizou o desconto nos salários dos professores que faltaram ao trabalho devido à greve.


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