Bernado Ariston atingido por bomba da PM durante protesto no Rio

Três dedos fraturados e calça queimada

Bernardo passava pelo local

Acuados

O ex-deputado Bernardo Ariston (PR) fraturou os dedos do pé, ao ser atingido por uma bomba de efeito moral, lançada por Policiais Militares, durante o enfrentamento aos professores, em mais um dia de manifestação da categoria contra a aprovação, em regime de urgência, do Plano de Cargos e Salários dos profissionais da educação do município do Rio. 

Bernardo foi apenas mais uma vítima da truculência da PM na tarde desta terça-feira (1), conforme denuncias na internet. Em plena Av Rio Branco esquina com Almirante Barroso, no Centro da capital, Ariston seguia caminhando para uma reunião na sede do PR, nas proximidades da Câmara, quando repentinamente foi atingido no pé direito por uma bomba de efeito moral, que explodiu e queimou a calça do ex-deputado, levando à fratura de três dos dedos do mesmo pé. 

Com o incidente, Bernardo teve que ser socorrido às pressas, em meio a ruas interditadas e levado à Clinica São Vicente, onde recebeu os primeiros socorros. Apesar dos enorme susto, ele passa bem. O episódio chegou a ser comentado por Garotinho na tribuna do Congresso Nacional. 

Desde ontem (30), professores que protestam na porta da Câmara contra a aprovação do Plano de Cargos e Salários oferecido pelo prefeito Eduardo Paes aos professores do município do Rio de Janeiro, denunciam os abusos cometidos pelos policiais. As autoridades negam. 

Bernado ao comentar o assunto com o Blog Repórter Renata Cristiane disse que o governador e sua cúpula de segurança faltam com a verdade:

- O Governo do Estado do Rio mente! Seja na pessoa do governador Sergio Cabral, seja na pessoa do secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame ou o comandante geral da Polícia Militar. Todos eles vão aos meios de comunicação e negam, na maior cara de pau, que estejam agindo com truculência, mas o que eu vi é uma tratamento de guerra contra verdadeiros inimigos. Pude constatar a covardia que está sendo cometida contra os nossos educadores. Fui mais uma vítima deste governo despreparado para lidar com as insatisfações populares. Hoje, fui testemunha e vítima da prática repressiva da PM de Cabral que usa bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e spray de pimenta contra professores e os profissionais de educação que deveriam ser tratados com dignidade e respeito e não como inimigos de guerra ou bandidos - desabafa revoltado.