Uma servidora municipal que presta serviços ao laboratório do Hospital
Geral de Arraial do Cabo fez uma grave denúncia na tarde dessa quarta-feira
(11), ao Conselho Municipal Saúde, de que resultados de exames estão sendo
manipulados, uso de medicamentos e material vencido, tais como de tubos de
coleta de sangue e reagentes, além de assédio moral aos funcionários por parte
da responsável técnica pelo setor.
Paloma Santos, técnica em laboratório, procurou o conselho
para formalizar a denúncia, que segundo disse, vem acontecendo nos últimos
meses, mais precisamente, depois que a chefe do laboratório, Laura Gonçalves,
assumiu as funções.
De acordo com Paloma, os exames como de sódio-potássio (fundamentais
para identificar cardiopatias), BAAR (Bacilo Álcool Ácido) – para identificar
tuberculose e Urino-cultura (determinantes para diabetes entre outras) estão
com resultados alterados em função do uso de material vencido como tubos de
coleta e reagentes. O sódio-potássio nem estaria sendo feito pela falta de equipamento. A técnica afirma ainda que já usou tubo vencido e reagentes,
obrigada pela responsável pelo laboratório. Para comprovar, a denunciante
apresentou aos conselheiros, vereadores presentes e imprensa, uma ATA de reunião interna realizada com a equipe, onde a responsável, informa por escrito, que material,
medicamentos e reagentes vencidos podem ser usados por até 90 dias após a data
de vencimento.
A coletora alega que ao perceber esses procedimentos
condenáveis, resolveu comunicar à chefia, mas foi repreendida. Procurou instância
superior, no entanto, a situação profissional dela piorou. Passou a ser impedida de entrar no laboratório e de ter acesso aos materiais e assim constatar a negligência.
- Depois que comuniquei que os tubos e reagentes estavam vencidos, tomei a atitude de jogar fora. Desde então, venho sofrendo todo tipo
de perseguição. Já fui humilhada e impedida de entrar nas instalações do
laboratório. Além disso, sofro com ameaças de que os exames que coleto de
pessoas dos postos de saúde serão ignorados como se os pacientes tivessem
alguma responsabilidade. As grávidas que ficam em jejum lá do Segundo Distrito
não podem sofrer por causa de briga de funcionários. A chefe disse que se eu
chegar com exames após às 9h eles serão ignorados – declarou à plenária do conselho.
Paloma desenvolve a função de recolher os exames nos PSF’s
de toda cidade e leva-los ao laboratório que fica no Hospital Geral de Arraial
do Cabo. Durante a denuncia, Paloma dizia acreditar que tinha sido afastada,
fato confirmado pelo secretário de Saúde, o advogado Dr Sergio Pinheiro, que
comentou pelo telefone que a funcionária não se adequava ao cumprimento de horário.
Chefe do Laboratório nega acusações
A principal alvo das denúncias, responsável técnica pelo laboratório, Laura Gonçalves, negou as acusações e disse que, "ela que vem sofrendo perseguiçãoda funcionária denunciante":
- Ela que me persegue, não aceita ordem e não é profissional. Foi afastada do laboratório porque ela mesmo manipulava as coisas lá dentro. Estou na chefia do laboratório há dois meses e ela não se conforma. Ela está deturpando tudo que foi dito internamente para me prejudicar. Não quer cumprir os horários de trabalho e não aceita que eu seja chefe dela - alegou Laura.
Chefe do Laboratório nega acusações
A principal alvo das denúncias, responsável técnica pelo laboratório, Laura Gonçalves, negou as acusações e disse que, "ela que vem sofrendo perseguiçãoda funcionária denunciante":
- Ela que me persegue, não aceita ordem e não é profissional. Foi afastada do laboratório porque ela mesmo manipulava as coisas lá dentro. Estou na chefia do laboratório há dois meses e ela não se conforma. Ela está deturpando tudo que foi dito internamente para me prejudicar. Não quer cumprir os horários de trabalho e não aceita que eu seja chefe dela - alegou Laura.
Secretário diz estar tranqüilo
O advogado Sergio Pinheiro, responsável pela saúde cabista
disse estar tranquilo e que a ATA apresentada não diz nada que atinja pasta. Para Sergio, Paloma também está desvirtuado as normas:
- Realmente eu vi a ata e nela não consta nada demais. A Laura é responsável técnica pelo laboratório e tem autorização para tomar as medidas que julgar necessária. Eu não sou médico e nem maluco para autorizar o uso de material vencido. Essa funcionária (Paloma) é muito problemática. Não quer cumprir o horário dela, vai trabalhar quando quer - explica o secretário.
Conselheiros e administradores ficaram estarrecidos com denúncia
Os membros do conselho, vereadores presentes e até mesmo o coordenador Administrativo da Saúde cabista, Edésio Teixeira, ficaram estarrecidos com a denúncia. Para a presidenta do Conselho, Sandra Brandão, a possibilidade de haver um esquema de troca de material vencido não está descartada:
- Vamos apurar e cobrar das autoridades competentes para entender o que está acontecendo. Nenhum hipótese está descartada - declarou.
A Conselheira Gleice Magarão fez um discurso condenando a perseguição à funcionária que denuncia o que está errado:
- Eu rasgo meu diploma agora. Nunca ouvi falar em permissão de uso de material vencido 90 dias após a data. E se venceu tem que jogar fora e não separar num cantinho para entregar para chefe - protestava.
O Conselheiro Adalírio Bueno lembrou que exames manipulados podem provocar a morte de pessoas e que a população está sendo enganada.
Vereadores Ayron Freixo e Renatinho Viana, que estavam presentes, chegaram a pedir o fechamento do laboratório ou o afastamento da chefia.
Reunião tensa
Na noite dessa quarta-feira, Paloma se reuniu com secretário Sergio, o conselheiro Feliz e coordenador administrativo Edésio, na sede da secretaria e foi hostilizada pelo secretário, segundo disse. Ela declarou que Sergio repreendeu a atitude a denunciante e deu um dia de falta ao trabalho, dizendo que ela está errada:
- Ele em vez de me apoiar, me cobrou horário, mas eu cumpro meus horários. Ele foi muito agressivo comigo deixando a todos surpresos - disse ela alegando que no laboratório existe uma norma informal em que os funcionários que encerrarem as atividades são liberados e que a exigência do cumprimento surgiu após denunciar a negligência.
Paloma disse que a situação vivida recentemente provocou nela problemas cardíacos e sindrome do pânico.
Edésio preferiu não comentar o assunto. A sessão da Câmara cabista desta quinta-feira(12) vai debater a denúncia. A expectativa é grande.
- Realmente eu vi a ata e nela não consta nada demais. A Laura é responsável técnica pelo laboratório e tem autorização para tomar as medidas que julgar necessária. Eu não sou médico e nem maluco para autorizar o uso de material vencido. Essa funcionária (Paloma) é muito problemática. Não quer cumprir o horário dela, vai trabalhar quando quer - explica o secretário.
Conselheiros e administradores ficaram estarrecidos com denúncia
Os membros do conselho, vereadores presentes e até mesmo o coordenador Administrativo da Saúde cabista, Edésio Teixeira, ficaram estarrecidos com a denúncia. Para a presidenta do Conselho, Sandra Brandão, a possibilidade de haver um esquema de troca de material vencido não está descartada:- Vamos apurar e cobrar das autoridades competentes para entender o que está acontecendo. Nenhum hipótese está descartada - declarou.
A Conselheira Gleice Magarão fez um discurso condenando a perseguição à funcionária que denuncia o que está errado:
- Eu rasgo meu diploma agora. Nunca ouvi falar em permissão de uso de material vencido 90 dias após a data. E se venceu tem que jogar fora e não separar num cantinho para entregar para chefe - protestava.
O Conselheiro Adalírio Bueno lembrou que exames manipulados podem provocar a morte de pessoas e que a população está sendo enganada.
Vereadores Ayron Freixo e Renatinho Viana, que estavam presentes, chegaram a pedir o fechamento do laboratório ou o afastamento da chefia.
Reunião tensa
Na noite dessa quarta-feira, Paloma se reuniu com secretário Sergio, o conselheiro Feliz e coordenador administrativo Edésio, na sede da secretaria e foi hostilizada pelo secretário, segundo disse. Ela declarou que Sergio repreendeu a atitude a denunciante e deu um dia de falta ao trabalho, dizendo que ela está errada:
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| ATA mandando usar material vencido |
- Ele em vez de me apoiar, me cobrou horário, mas eu cumpro meus horários. Ele foi muito agressivo comigo deixando a todos surpresos - disse ela alegando que no laboratório existe uma norma informal em que os funcionários que encerrarem as atividades são liberados e que a exigência do cumprimento surgiu após denunciar a negligência.
Paloma disse que a situação vivida recentemente provocou nela problemas cardíacos e sindrome do pânico.
Edésio preferiu não comentar o assunto. A sessão da Câmara cabista desta quinta-feira(12) vai debater a denúncia. A expectativa é grande.


Tem que denunciar mesmo...vida estão em risco
ResponderExcluircorajosa a moça!!!!!!