sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Prefeito de Cabo Frio cede a pressão popular e libera medicamento de prevenção a meningite

Responsáveis estão na porta da creche municipal

O prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa, resolveu oferecer a quimioprofilaxia a todos os alunos da Creche Dalcir Barroso Pillar, no bairro Praia do Siqueira, local que estuda a criança de 3 anos que está internada com suspeita de meningite. A decisão foi tomada por volta das 09:30, após ser informado pela Secretaria Municipal de Educação da revolta de mães e responsáveis que estão desde as primeiras horas do dia na porta da escola reivindicando que todos os alunos recebam a medicação. A liberação do tratamento tem um porém: os responsáveis terão que assinar um termo de responsabilidade por permitir que a criança receba o tratamento. O Secretário Municipal de Saúde, Dr. Demócrito Azevedo, já está se dirigindo a creche para cuidar pessoalmente da ação que liberará a quimioprofilaxia.  

Entenda o caso da menina com suspeita de meningite: 

Saiba mais sobre a mobilização dos responsáveis: 

Sobre a meningite: 

A meningite é uma doença que consiste na inflamação das meninges – membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Ela pode ser causada, principalmente, por vírus ou bactérias. O quadro das meningites virais é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. Entretanto, a bacteriana – causada principalmente pelos meningococos, pneumococos ou hemófilos – é altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a doença meningocócica a mais séria. Ela, causada pela Neisseria meningitidis, pode causar inflamação nas meninges e, também, infecção generalizada (meningococcemia). O ser humano é o único hospedeiro natural desta bactéria cujas sequelas podem ser variadas: desde dificuldades no aprendizado até paralisia cerebral, passando por problemas como surdez.

Transmissão - A transmissão se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável, levando a bactéria para o sistema circulatório aproximadamente cinco dias após o contágio. Como crianças de até 6 anos de idade ainda não têm seus sistemas imunológicos completamente consolidados, são elas as mais vulneráveis. Idosos e imunodeprimidos também fazem parte do grupo de maior suscetibilidade.

Sintomas - A doença chega a matar em cerca de 10% dos casos e atinge 50% quando a infecção alcança a corrente sanguínea e é este um dos motivos da importância do tratamento médico. Febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele (que são inicialmente semelhantes a picadas de mosquitos, mas rapidamente aumentam de número e de tamanho, sendo indício de que há uma grande quantidade de bactérias circulando pelo sangue) são alguns dos seus sintomas.

Tratamento - A doença meningocócica tem início repentino e evolução rápida, pode levar ao óbito em menos de 24 a 48 horas. Para a confirmação diagnóstica das meningites, retira-se um líquido da espinha, denominado líquido cefalorraquidiano, para identificar se há ou não algum patógeno e, se sim, identificá-lo. Em caso de meningite viral, o tratamento é o mesmo feito para as viroses em geral; caso seja meningite bacteriana, o uso de antibióticos específicos para a espécie, administrados via endovenosa, será imprescindível.

Geralmente a incidência da doença é maior em países em desenvolvimento, especialmente em áreas com grandes aglomerados populacionais. Tal constatação pode ser justificada pela precariedade dos serviços de saúde e condições de higiene e pela facilidade maior de propagação em locais fechados ou aglomerados. Por este último motivo é que, geralmente, a doença é mais manifestada no inverno – quando tendemos a buscar refúgios em locais mais fechados para fugirmos do frio.

Para a meningite, as vacinas mais utilizadas são a bivalente, a tetravalente e a monovalente, em menores de 2 anos. Entretanto, não existe ainda vacina para alguns sorotipos da doença.

Cuidados - Evitar o uso de talheres e copos utilizados por outras pessoas ou mal lavados e ambientes abafados são formas de se diminuir as chances de adquirir a doença. Manter o sistema imunológico fortalecido e seguir corretamente as orientações médicas, caso tenha tido contato com alguém acometido pela doença são, também, medidas importantes.
E lembre-se: nunca use remédios sem prescrição médica.

4 comentários:

  1. Meu filho estuda nesta escola,cheguei lá de manhã e fui informada que todas as crianças receberiam o antibiótico,mais quando o secretario chegou quase as 13:00 hs trazendo o medicamento,eles separaram as crianças que eram da sala da menina doente e disseram que deveríamos deixar o telefone para contato ,pois eles NÃO tinham o medicamento para todas as crianças.Conclusão:Voltei para casa com meu filho,pedindo a Deus que nenhum mal aconteça.

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  2. ENGANARAM TODOS Q ESTAVA NA ESCOLA, FOI DIVULGADO 220 DOSES DA MEDICAÇÃO E SÓ LEVARAM 32 ISSO É UMA VERGONHA. SÓ QUEREMOS O Q É DE DIREITO

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  3. RENATA, SÓ FORAM LIBERADOS 36 DOSES DO MEDICAMENTO E A ORDEM ERA PARA SER DADA PARA AS CRIANÇAS DA SALA CRESCHE B, ONDE OCORREU OCASO, MINHA FILHA É ALUNA DE OUTRA SALA E NÃO PODE TOMAR.

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  4. Minha filha também estuda nesta escola e apesar de avisarem na mídia que as crianças seriam medicadas, não foi o que ocorreu, só deram o medicamento para as crianças da sala da menina que teve o sintoma da doença, eu me senti enganada, além de muito preocupada com a situação, pois sendo uma creche todos brincavam juntos e se alimentavam também juntos, pois nesta creche não é permitido aos alunos levar sua merenda de casa. Foi dito pela direção que as aulas voltam segunda feira 12-08-13.Fica a pergunta: Quem levará seu filho para a escola nesta situação? Eu com certeza não mando a minha filha.

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