Foto: Portal G1 |
Por Ana Lúcia de Oliveira
Todos os esforços
do catador de latinhas e guardador de carros, Marinô Pascoal de Melo, 45,
de melhorar de vida foram por água baixo. Durante 10 anos ele guardou todo o
dinheiro que ganhou com o trabalho para comprar uma casa. De tanto economizar, Marinô
juntou R$ 28 mil, que foram roubados neste fim de semana. O caso sensibilizou
os cabo-frienses, que estão se mobilizando para ajudar o catador de latinhas,
que é deficiente físico e mora com a mãe Neide Pascoal de Freitas, 76, no
Jardim Caiçara, em Cabo Frio.
O radialista
Ademilton Ferreira afirmou que vai fazer uma campanha para tentar ajudar Marinô
de alguma forma. “Vamos pedir para os ouvintes, fazendo uma campanha para
tentar angariar alguma coisa. Também vou fazer uma doação pessoal”, afirmou
Ademilton.
O comissário da
126ª DP (Cabo Frio), Salles, foi o primeiro a ter a iniciativa. Ele doou R$ 100
para Marinô e pediu a contribuições para os colegas de trabalho. “O rapaz, com
todas limitações que ele tem, trabalhou e juntou o dinheiro que ele poderia
comprar uma casa. Mas indivíduos de má índole lhe levaram o dinheiro tão suado.
Uma pena. Temos que ajudar de alguma forma”, disse ele.
Na internet já existe uma corrente onde pessoas estão fazendo "uma vaquinha" para arrecadar dinheiro para o catador. http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=211453.
Segundo Fabiana Andrade, a organizadora da campanha, a solidariedade virtual já surtiu efeito:
Na internet já existe uma corrente onde pessoas estão fazendo "uma vaquinha" para arrecadar dinheiro para o catador. http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=211453.
Segundo Fabiana Andrade, a organizadora da campanha, a solidariedade virtual já surtiu efeito:
- Em apenas dois dias já conseguimos juntar mais de R$ 1.000,00 em doações e nosso objetivo é tentar atingir a soma de R$ 28 mil. Sei que é um sonho grande mas com empenho talvez não seja impossível. Nesse fim de semana irei a Cabo Frio conhecer a família e mostrar um pouco da vida do Marinô para quem o ajudou e para aqueles que gostariam de ajudar mas precisam se certificar de que a campanha é séria e de que a ajuda será dada a eles - disse ela.
O dinheiro de
Marinô ficava numa mochila, que ele guardava dentro de um armário, no quarto da
casa onde ele mora. Ele deu falta da quantia quando foi pegar o dinheiro para
pagar uma quitinete que ele pretendia comprar, no valor de R$ 25mil. A ideia
dele era alugar o imóvel para ter uma renda e assim não precisar trabalhar a
noite.
- Achei a
mochila vazia no armário. Falei para minha mãe que tinha sumido tudo e ela não
acreditou. Revirou o quarto procurando, mas só achamos algumas moedas que
estavam separadas. Levaram tudo que estava na mochila. Minha mãe vive me
dizendo que, por causa da minha condição, é perigoso eu voltar para casa com
dinheiro de madrugada, com o dia amanhecendo. Então eu fui juntando para
comprar uma quitinete e viver com o aluguel – contou Marinô.
As economias do
filho foram uma surpresa até para a mãe, que afirma ter ficado surpresa quando
descobriu, há poucos meses, que o filho havia juntado aquele valor. O dinheiro,
segundo ela, chegou a ser usado no ano passado, quando a casa em que moram foi
atingida por uma chuva de granizo.
- Quando teve a
chuva de granizo, ele perguntou quanto custava para trocar as telhas furadas e
me deu R$ 1,5 mil na mão. Eu sabia que ele guardava algum dinheiro porque
sempre via ele chegando com o dinheiro do trabalho e guardando. Mas não fazia
ideia de quanto tinha. Eu só fui saber há pouco tempo, quando um neto meu
precisou de dinheiro e o Marinô resolveu emprestar. Então eu fui no quarto com
ele, separamos R$ 5 mil para emprestar e contamos o restante. Eram R$ 28 mil.
Depois disso, não mexemos mais no dinheiro – contou dona Neide.
Marinô disse
ainda, que não guardou o dinheiro no banco porque não sabe lidar com os
trâmites bancários. "Eu nunca soube mexer com essas coisas, nunca tive
nada no banco. Há um tempo atrás, a minha mãe chegou a abrir uma poupança para
mim, mas eu dependia da minha irmã para ir lá colocar o dinheiro. Como ela
estava sempre ocupada, acabei juntando aqui mesmo", disse ele completando:
“o jeito é continuar trabalhando”.
Após a notícia do
roubo se espalhar, a casa em
que Neide vive com três dos seis filhos está cada dia mais
movimentada. A mãe de Marinô conta que os vizinhos se sensibilizaram com a
história, e que a vontade de todos é que o ladrão seja encontrado. A ocorrência
do furto foi registrada na 126ª DP (Cabo Frio), que vai investigar o caso.
As pessoas que
quiserem ajudar o catador de latinha Marinô Pascoal Melo podem entrar em
contato com a família pelo telefone: (22) 9719-2481.
http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=211453#.Ug_poAGzdyk.facebook
ResponderExcluirAjude Marinô Pascoal de Melo a comprar sua casa.
www.vakinha.com.br
Vakinha criada para os interessados em ajudar o senhor Marinô Pascoal de Melo a comprar sua casa. Após 10 anos de trabalho árduo como catador de latinhas ele conseguiu juntar 28 mil reais (que seriam usados para comprar uma pequena casa). O senhor Marinô viu seu patrimônio ser totalmente roubado. A…