quinta-feira, 26 de abril de 2012

Extorsão envolvendo policiais militares e civil é investigado em Cabo Frio





Está nas mãos das polícias Militar e Civil um caso de extorsão em Cabo Frio. A mãe de um rapaz acusado de furto teria sido coagida a dar dinheiro a PMs e a um policial civil para que o filho fosse liberado. Mas ela denunciou o fato e dois policiais foram presos em flagrante.


Por medo, a mulher prefere não mostrar o rosto e evita sair de casa. Ela afirma que é perseguida e ameaçada por policiais. O drama teria começado na madrugada de 18 de março, ela conta que a polícia bateu à porta de casa pedindo que acompanhasse os oficiais até a delegacia. Na viatura, estava o filho preso, acusado de furtar uma motocicleta; mas antes de chegarem ao destino, ela diz que foi surpreendida. Já na delegacia, com o policial civil de plantão teria sido estipulado o preço da liberdade do filho que já tem mais de vinte passagens pela polícia.


Os próprios PMs teriam acompanhado a mãe na Via Crúcis por caixas 24 horas de Cabo Frio, em busca de parte do valor exigido, mas como era madrugada, os saques não foram autorizados. Ela disse que levantaria o dinheiro em dois dias, combinou um novo encontro e ambos foram liberados.


Revoltada, a mulher decidiu então denunciar os policiais e foi orientada pelo Serviço Reservado da própria PM a fingir que aceitava fazer o pagamento. No dia combinado, foi até o ponto de encontro: a Delegacia de Cabo Frio. E, numa rua perto do local, os dois policiais militares foram presos em flagrante quando recebiam o dinheiro. A participação do policial civil também está sendo investigada.


Por telefone, a equipe da INTER TV entrou em contato com o Tenente Coronel Welst Medeiros, chefe da Delegacia de Polícia Judiciária Militar. Ele informou que o cabo Marco Antônio da Fonseca Peçanha e o terceiro sargento Vlademir da Rocha Pinto estão presos no Batalhão Especial Prisional, em Niterói. Os dois são acusados de concussão, crime em que um funcionário público recebe dinheiro ou vantagem se aproveitando da função que exerce.


De acordo com o delegado Sérgio Lorenzi, a vítima vai ser intimada na semana que vem. O policial civil envolvido foi afastado da função e vai continuar no trabalho interno até o fim do inquérito. A OAB acompanha o caso. Oficios foram enviados às autoridades pedindo providências e proteção à família. A Delegacia de Polícia Judiciária da PM enviou o caso também para o Conselho Disciplinar da corporação.

3 comentários:

  1. VAGABUNDOS DE FARDA TEM QUE IR PRA RUA E FICAR PRESO NO PRESIDIO COMUM .

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  2. DEVEMOS ANALISAR OS FATOS E ACREDITAR EM NOSSOS POLICIAIS QUE SE EXPÕE TODOS OS DIAS PARA NOSSA SEGURANÇA.A SOCIEDADE NECESSITA DE APOIO E NÃO DE CONCLUSÕES ANTECIPADAS. COMO CIDADÃO BRASILEIRO EU ACREDITO NA NOSSA POLÍCIA MILITAR, SÃO BRASILEIROS E BRASILEIRAS DE BENS E NÃO MARGINAIS.

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  3. Nossa esta matéria nos relata cenas de que a polícia militar se depara com situações INUSITADAS todos os dias a qualquer hora, basta termos um pouco de discernimento e constatarmos que infelizmente nossa sociedade vive sobre tensão, onde sabemos que sobretudo nossos DEFENSORES PÚBLICOS SÃO VULNERÁVEIS A QUAISQUER SITUAÇÕES.. Precisamos analisar bem os fatos e os antecedentes arrolados.

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