Reportagem: Célia Costa Elenilce Bottar
RIO - Policiais e bombeiros decidiram na noite desta
segunda-feira, em assembleia, pelo fim da greve, iniciada na última
quinta-feira. Representantes do movimento informaram que vão se concentrar
agora na libertação dos 27 militares presos.
Vinte líderes da paralisação, que estão em Bangu 1,
receberam na segunda-feira a visita dos deputados estaduais Marcelo Freixo
(PSOL), Flávio Bolsonaro (PP) e Robson Leite (PT) e o deputado federal Chico
Alencar (PSOL) — representantes das comissões de direitos humanos da Assembleia
Legislativa e da Câmara em
Brasília. Segundo eles, os policiais deveriam cumprir a
prisão em unidades de suas corporações ou em quartéis das Forças Armadas.
Segundo Freixo, até ontem, os presos estavam incomunicáveis, sem ter contato
com parentes ou mesmo advogados:
— Qualquer bombeiro ou policial envolvido com milícia, que
responda por homicídios, que tenha extorquido dinheiro de pessoas, nenhum deles
está preso em Bangu 1. Essas pessoas que lutaram por salários, independente de
estarem certas ou erradas, são mais perigosas que esses milicianos?
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ),
Wadih Damous, e a presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade,
Margarida Pressburger, encaminharam ontem ofício ao secretário de Segurança,
José Mariano Beltrame, para que informe quem são e onde estão os militares presos
por causa da greve. Segundo Margarida, a OAB e a Defensoria Pública vão tentar
a transferência dos presos que estiverem em presídios para quartéis.
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