segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cabo Frio oferece oficinas para quem deseja abrir seu próprio negócio




Visando à manutenção e ao fortalecimento dos vínculos, inclusive comunitários, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Cabo Frio vem realizando um trabalho de atendimento à população de menor poder aquisitivo que tem entre seus objetivos a proteção da família em situação de risco.

Entre os serviços destacam-se os sete Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que formam uma rede de atendimento socioeducativo espalhada pelo município  e direcionada a grupos específicos, como os Centros de Convivência para crianças, jovens e idosos.Ligados ao Departamento de Proteção Social Básica da secretaria, os CRAS possuem uma média de cinco mil famílias referenciadas em cada um deles, onde oferecem diversas oficinas de inclusão produtiva. Uma delas é a de confecção de salgadinhos e doces para os moradores da Praia do Siqueira e bairros próximos (Jardim Caiçara, Jardim Olinda I e II, Palmeiras, Parque Burle e Jardim Excelsior).

A usuária Glaucy Larissa serve  como exemplo de quem superou dificuldades  e conseguiu montar seu próprio negócio. Paraense de nascimento, viajou para Cabo Frio acompanhando o marido, que acabou  desempregado. Ela, então, decidiu procurar um meio para ajudar no sustento da família, pois morava com a sogra, e escolheu o CRAS da Praia do Siqueira, onde começou a se desenvolver profissionalmente, participando  da oficina. Depois de assimilar os ensinamentos, após um ano, montou uma pequena loja na frente da casa da sogra, no Jardim Caiçara.

- Ela foi capaz de vencer obstáculos e, logo que o marido perdeu o emprego, enxergou o fracasso como uma oportunidade de buscar novos caminhos com inovação e sucesso. Agora, só depende dela mesma – explicou a secretária Olívia Sá, que acredita que as aulas na oficina de inclusão foram fundamentais para a ascensão da usuária.

Glaucy também abriu novos horizontes para suas colegas de culinária porque, devido ao sucesso da lanchonete, não estava conseguindo cobrir a demanda. Uma delas, Luciana Chaves de Souza, passou a fornecer os salgadinhos, mas pretende também abrir sua própria lanchonete, na Praia do Siqueira.

- Comecei a frequentar a oficina como terapia e aperfeiçoar o que já sabia. Mas descobri que poderia ter uma renda extra e ajudar meu marido. Além de modelar os salgadinhos para Glaucy, já estou aceitando encomendas – afirmou Luciana.

Já Ademildes de Oliveira, moradora há um ano na Praia do Siqueira, também vislumbrou uma possibilidade de ganho extra. Ela planeja também vender salgadinhos e bolos por encomenda sem sair de casa, pois tem dois filhos pequenos e não pode deixá-los sozinhos para trabalhar fora.

- Graças ao CRAS posso começar a sonhar, conquistando clientes sem desistir nas primeiras dificuldades que encontrei assim que chequei em Cabo Frio – admitiu a usuária.

As aulas tiveram início na segunda semana de fevereiro, sob a orientação da instrutora Adriana Silva Alves, em uma jornada que inclui noções de higiene e como manipular os ingredientes. Em seguida, passam para o aprendizado de doces e bolos, além, naturalmente, de receber informações da relação custo-benefício, a partir da utilização racional dos ingredientes (fornecidos  pela Secretaria de Assistência Social de Cabo Frio).

As aulas só terminam em dezembro, quando cada aluna prepara seus doces e salgados para serem oferecidos na feirinha do CRAS, montada na Praça Porto Rocha, junto com produtos natalinos. Os salgadinhos que são preparados  ao final de cada aula – coxinhas, risoles, empadas, pizzas, empadões e pastéis de forno – são comercializados ali mesmo, geralmente para as próprias funcionárias do CRAS.

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