Nota da Educação diz que movimento
não reflete opinião da maioria
Em nota oficial, divulgada para a imprensa, a Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio (Seme) afirmou que as últimas paralisações organizadas pelo Sepe Lagos têm tido adesão pequena, muito inferior aos números apresentados pelos dirigentes sindicais. "Tal fato é facilmente percebido mediante as manifestações ocorridas em frente à prefeitura. No dia em que havia mais pessoas, esse número não ultrapassou 50 (cinquenta). Levando em consideração que hoje temos uma média de 7 (sete) mil funcionários, entre professores, auxiliares de classe, cozinheiros, porteiros, inspetores de alunos, agentes administrativos, entre outros, o grupo pequeno de pessoas que tem se mobilizado nas ruas não reflete uma insatisfação da maioria", exemplifica a nota.
A Seme alega que a orientação dada aos gestores escolares é para que todas as escolas fiquem abertas para receber os alunos e a comunidade, mesmo aquelas que obtiverem elevado número de profissionais paralisados. Os serviços de entrega de gêneros alimentícios e materiais na unidade escolar devem ser realizados sem prejuízo, assim como o serviço de atendimento ao público. Essas orientações têm sido respeitadas, até porque as unidades escolares não estão unânimes nas adesões.

A luta dos professores por melhorias salariais e de trabalho é conhecida e antiga. O ato realizado em Cabo Frio acontece após o registro de mais uma noite violenta, ocorrida na capital Rio de Janeiro, quando Policiais Militares e professores se enfrentaram. Os docentes, é claro, levaram a pior e foram confrontados com bombas de efeito moral e muito esprei de pimenta. Muita gente ficou ferida, entre elas, o ex-deputado Bernardo Ariston, que estava no Centro do Rio, na tarde de terça-feira, e foi atingido por uma bomba jogada pela tropa de choque da PM. Ele teve o pé fraturado na explosão da bomba de efeito moral.
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