Os turistas que ainda estão na Região dos Lagos depois do carnaval viram cenas desagradáveis, na manhã desta quinta-feira, nas praias das Conchas e do Peró, no Parque Estadual da Costa do Sol e na Área de Proteção Ambiental do Pau-Brasil. Somente na manhã desta quinta-feira, cinco atobás foram encontrados mortos no trecho de dois quilômetros das praias que, juntas, têm oito quilômetros de extensão.
O surfista Marcelo Valente, do movimento Ondas do Peró, disse que de sexta-feira passada até esta quinta foram encontrados 22 atobás mortos no mesmo trecho.
— Os banhistas ficam chocados, impotentes e pedem mais fiscalização no litoral — afirmou Valente.
O biólogo Salvatore Siciliano, pesquisador da Fiocruz e coordenador do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos), disse que os atobás morrem por causa de mar agitado e ventos fortes. Eles geralmente sofrem fraturas nas asas, já que mergulham e estão sempre próximos do mar.
— Não acredito que seja por falta de alimento porque é um período de ressurgência e a produtividade (clorofila) está dentro dos padrões normais. O mais importante é recolher essas carcaças e avaliar a causa da mortalidade. Há uma empresa de monitoramento, contratada pela Petrobras, que cumpre condicionante do Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Ibama (Ibama) que tem esta finalidade e deveria recolher e analisar estas carcaças — explicou.
Na área de restinga, os carros continuam estacionando sobre a vegetação típica da região por falta de fiscalização. Moradores, comerciantes e banhistas pediram ajuda aos fiscais da prefeitura mas eles alegaram que a atribuição é do Inea. Os guarda-parques do Inea estão passando por treinamento no Rio.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/atobas-sao-encontrados-mortos-nas-praias-da-regiao-dos-lagos-7578634#ixzz2Kxg3TmE4
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