terça-feira, 20 de março de 2012

Audiência pública discute aumento da criminalidade na Região dos Lagos





Assassinatos, roubos e furtos. A criminalidade na Região dos Lagos e a brutalidade de alguns crimes recentes foram assuntos de uma audiência pública nesta segunda-feira (19), com o objetivo de cobrar ações das autoridades.


O plenário ficou lotado. Representantes de entidades organizadas relataram as preocupações de quem mora na Região dos Lagos. De acordo com os dados do ISP - Instituto de Segurança Pública - em janeiro, 16 pessoas foram assassinadas, metade delas em Cabo Frio.


Um dos casos foi o da advogada Isabel Machado, morta dentro de casa. O caso ainda não foi solucionado. Houve mais assaltos ao comércio. Em janeiro de 2011, foram 15 registros. Em 2012, 24: sete em Cabo Frio. Uma relojoaria foi assaltada pela oitava vez.


A falta de efetivo da PM foi questionada na audiência. O 25º Batalhão tem 840 policiais para atender sete municípios. Foi sugerida a criação de outro batalhão para dividir o trabalho na região. O comandante geral da corporação vai encaminhar a proposta, mas discordou da colocação de que o aumento da criminalidade está relacionado à migração de bandidos expulsos de favelas pacificadas na capital.


O representante da Polícia Civil confirmou o início das obras da Delegacia Legal de Cabo Frio para os próximos dias. Para ele, foi pedido uma delegacia legal também em Tamoios, no segundo distrito, para facilitar o registro de ocorrências que aconteçam lá.


Durante a audiência, um jornalista pediu ajuda a Comissão de Direitos Humanos e a Polícia Civil. Ele sofreu uma tentativa de homicídio em Arraial do Cabo no ano passado e as investigações teriam sido paradas por influência política.


As reclamações, denúncias e propostas vão formar um relatório da comissão, que vai ser entregue a todas as autoridades, para que sejam tomadas medidas concretas para melhorar a segurança na Região dos Lagos.



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