“Janistas”
e “alairistas” II
Alguns dos
17 leitores que acompanham esse espaço semanal na Folha dos Lagos, no blog da
jornalista Renata Cristiane (reporterrenatacristiane.blogspot.com) e no facebook, fizeram confusão com o artigo
publicado na sexta-feira passada. Entenderam como um ataque aos blogs. Se eu
não gostasse deles, simplesmente não os lia e muito menos publicaria esse
material em um deles. Mas faço distinção entre eles e jornalismo,
principalmente em relação aos que defendem bandeiras nesse espaço cibernético.
Há blogs de
todos os tipos. Como esse espaço aqui trata de política, me atenho a esse tema
e não há outra subdivisão possível em Cabo Frio.
De um lado, há os “janistas”, que apostam na eleição do
deputado estadual Jânio Mendes para a Prefeitura em outubro deste ano. Do outo,
os “alairistas”, que sonham com a volta do ex-prefeito Alair Corrêa. Ambos se
atacam e para eles, não há ofensa pior do que ser tachado de aliado do atual
prefeito Marquinho Mendes e tentam empurrar a pecha um para o outro, como uma
batata quente. Marquinho e seu candidato oficial, o chefe de Gabinete Alfredo
Gonçalves, não contam com blogs a favor.
A diferença
da interpretação do texto entre os grupos foi gritante. Por parte dos
seguidores de Alair, não houve ataques pessoais, como em outras ocasiões, mas
não gostaram muito e se sentiram reduzidos com o adjetivo “alairista”. Lógico
que eles não falam só de Alair nos blogs (se o fizessem, não teriam leitores),
o objetivo é entremeado com outros assuntos, mas o foco principal é o retorno
do chefe e hoje, atacar Jânio e divulgar factóides em cima de seu nome é a
principal diversão.
Já a turma
de Jânio agiu diferente. Recomendou o texto, prometeu esforço para melhorar,
mas nesse espaço de uma semana entre aquela publicação e essa, voltou a
ladainha dos ataques a Alair em cima dos mesmos assuntos, igualzinho fazem os
“alairistas” com o deputado.
São muitos
os leitores dos blogs, que estão ali mesmo, já pagos na mensalidade da internet
e nem é preciso sair de casa para ter acesso àquelas informações. Não dá mesmo
para comparar com o público que lê jornal, que sempre foi pequeno. Mesmo assim,
não acredito que esses ataques de ambas as partes sejam eficazes, porque, na
minha opinião, apenas provocam deleite em quem já tem opinião formada, de um
lado ou de outro. O leitor comum deve estar cansado de ver mais do mesmo nessas
páginas virtuais e vai acabar achando que nenhum dos dois presta mesmo.
Mas não dá
para negar que estamos diante de um fato novo, ignorado até mesmo pela Justiça
Eleitoral. A campanha já está comendo
solta na web, não apenas nos blogs, mas também nas redes sociais e nos spams
que entopem nossas caixas de e-mail. Em 2008 já havia um esboço disso, mas
agora, em 2012, a
novidade parece consolidada.
Só queria dizer que são mais que 17 leitores.
ResponderExcluir18, para ser exato!!!
ResponderExcluirEntão comigo são dezenove! E já que ao que eu saiba fui a única a citar especificamente o artigo, e tentei lhe mostrar outros angulos da questão, ou melhor dizendo, que existem "sub-grupos" a serem considerados, permito-me reiterar minha teoria, e dizer que todos nós aprendemos com os nossos erros e com os dos outros - ou pelo menos deveriamos. Quando escrevi o artigo Bloguices e Blogueiros, não foi por me sentir atacada, nem por achar que o jornalista estivesse atacando ( generalizadamente) os Blogs (ou seus autores) , apesar de que alguns blogueiros tenham achado que sim.E da mesma forma que não me senti atacada no primeiro artigo ( apesar de ser eleitora de Alair), tão pouco me sinto atacada agora. Aquele que fizeram "auê" são aqueles que vestem a carapuça, ou os paranóicos - com ou sem razão (rs). Mas fazer o que? As pessoas são o que são. E, apesar de tudo,viva a diversidade! E a liberdade de expressão...Claro!
ResponderExcluirAlém do dois grupos, existe ainda aquela turma de um ou dois, que não afirma ser o que está na cara e fica camuflado, é tão flagrante o lado escolhido, que chega ser ridículo certas "críticas" ao favorito deles. O verdadeiro morde e assopra e assopra mesmo, chegando a babar.
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