Conselho Tutelar confirma prostituição infantil em ponto de travestis em Cabo Frio

Agentes identificaram dois menores atendidos pelo 
CT se prostituindo no local durante o Carnaval

A denúncia partiu de moradores e comerciantes das esquinas da Avenida Júlia Kubitscheck com as Ruas Porfírio Patrocínio Nascimento (Rua do Sol) e José Antônio Sampaio, no bairro Ville Blanche, em Cabo Frio.  Segundo eles, travestis vêm se prostituindo no local e causando vários transtornos durante a noite, inclusive com casos de tráfico de drogas e suspeitas de exploração sexual de menores.

O BLOG Repórter Renata Cristiane (RC24H),  foi até o local, ouviu moradores e comerciantes e entrou em contato com o Conselho Tutelar e com a Polícia Militar. Na tarde deste quarta-feira (11), em entrevista com o presidente do Conselho Tutelar de Cabo Frio, Luiz Felipe Marinho, confirmou que, durante o Carnaval, foi constatado que dois menores atendidos pelo CT foram identificados, se prostituindo no local.  Segundo

Luiz Felipe Marinho, presidente do Conselho Tutelar

Felipe, as providências já estão sendo tomadas, com o envio de ofícios à secretaria municipal da Criança e do Adolescente, à secretaria municipal da Saúde, à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros, que são as entidades diretamente envolvidas em questões de segurança pública envolvendo crianças e adolescentes: "a ação mais imediata é uma reunião que terei nesta quinta-feira (12) com o comandante do 25º BPM, tenente coronel Ruy França, para definirmos os detalhes de um plano de ação para o local", explicou.

Canal Itajuru

Uma outra denúncia levantada pelo BLOG, de que menores estariam servindo de intermediários entre traficantes e usuários de drogas (o famoso "avião) no canal Itajuru e na Rua Major Belegard, no Centro, na parte da noite, já está sendo desencadeada uma operação no local para identificar os menores e proceder com as providências legais.

Ação por provocação

Luiz Felipe Marinho fez questão de explicar ao BLOG que o Conselho Tutelar não tem poder de polícia e que é um órgão que "age por provocação", ou seja, só após uma ação da Polícia Militar ou de outra entidade de Segurança Pública, em que seja identificada a participação de menores ou a ameaça à segurança de menores é que o CT pode agir: "aí, sim, colocamos toda a nossa engrenagem, que envolve o envio desses menores ao hospital, a confecção de exames de corpo de delito, encaminhamento à Assistência Social, psicólogo e pedagogos para acompanhamento, se for o caso.  Nosso papel não é investigativo, são ações pontuais sobre denúncias comprovadas", finalizou.

Os telefones para denúncias sobre maus tratos, abuso ou exploração de crianças e adolescentes são o 127 ou o 100.  Ligações gratuitas, de todo o Brasil.

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