quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vala de contenção impede trânsito de bugres na areia da Praia do Forte, em Cabo Frio, e gera protesto de barraqueiros


Bombeiros tiveram que ser acionados para conter fogo ateado na vegetação das dunas



O Corpo de Bombeiros foi acionado no início da trade desta quinta-feira (27) para conter as chamas que consumiam a vegetação rasteira que cobra parte das dunas na Praia do Forte, na altura da Praça dos Quiosques.

Bombeiros impediram que fogo se alastrasse pela vegetação rasteira
Ao chegar no local, o que teve que ser contido, mesmo, foi a revolta dos barraqueiros que usam uma estrada que passa por trás do canteiro de obras, na altura da primeira rampa de madeira, para deixar suas mercadorias na areia.  O motivo foi a abertura de uma vala de contenção que interrompe o caminho, impedindo a passagem dos bugres com mesas, cadeiras e mercadorias.

Segundo testemunhas, o fogo na vegetação teria sido ateado, por um barraqueiro mais exaltado.


Banhista tentou ajudar a conter chamas
Os próprios barraqueiros disseram ao Blog que, realmente, alguns deles desrespeitam o horário limite para o transporte das mercadorias – sete horas da manhã - e que alguns chegam até a deixar os bugres na areia, atrás do tapume da obra, “onde não incomodam ninguém”, mas argumentaram que a abertura da vala pune também aos que respeitam os horários e as regras para poder trabalhar na praia.

Decisão definitiva

Segundo Jailton Dias Nogueira Júnior, sub-secretário de Meio Ambiente de Cabo Frio e diretor de Meio Ambiente da Comsercaf, a vala de contenção é um paliativo até que a área seja totalmente bloqueada, já que, segundo ele, os barraqueiros já retiraram e destruíram mourões e placas de sinalização que orientavam sobre a proibição do trânsito de bugres no local: "os barraqueiros que compareceram à reunião que regularizou os serviços no local receberam uma circular informando da proibição do trânsito de veículos no local.  Eles já tem o estacionamento deles a apenas 10 metros dali", explicou.

Jaílton adiantou ainda que o local será totalmente replantado com a vegetação nativa e que essa ação de proteção ao ecossistema é fruto de um acordo com o Iphan e o Inea para que a Praça dos Quiosques pudesse ser construída: "é uma contrapartida da prefeitura que vai ser cumprida a qualquer custo.  Eles querem um local atrativo para trabalhar? Então tem que respeitar as regras", enfatizou.


Barraqueiro protesta sobre a vala de contenção

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