quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Professores se reúnem em ato em frente à Prefeitura de Cabo Frio

Os profissionais da Rede Municipal de Ensino de Cabo Frio estão reunidos em ato público nesta quarta-feira (2/10), em frente à Prefeitura do município. A categoria delibera sobre a greve de 72 horas, iniciada nesta manhã em todas as escolas municipais. De acordo com a diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), o motivo da greve é o não cumprimento do acordo fechado com o prefeito Alair Corrêa nas semanas passadas.

Nota da Educação diz que movimento 
não reflete opinião da maioria


Em nota oficial, divulgada para a imprensa, a Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio (Seme) afirmou que as últimas paralisações organizadas pelo Sepe Lagos têm tido adesão pequena, muito inferior aos números apresentados pelos dirigentes sindicais. "Tal fato é facilmente percebido mediante as manifestações ocorridas em frente à prefeitura. No dia em que havia mais pessoas, esse número não ultrapassou 50 (cinquenta). Levando em consideração que hoje temos uma média de 7 (sete) mil funcionários, entre professores, auxiliares de classe, cozinheiros, porteiros, inspetores de alunos, agentes administrativos, entre outros, o grupo pequeno de pessoas que tem se mobilizado nas ruas não reflete uma insatisfação da maioria", exemplifica a nota.


A Seme alega que a orientação dada aos gestores escolares é para que todas as escolas fiquem abertas para receber os alunos e a comunidade, mesmo aquelas que obtiverem elevado número de profissionais paralisados. Os serviços de entrega de gêneros alimentícios e materiais na unidade escolar devem ser realizados sem prejuízo, assim como o serviço de atendimento ao público. Essas orientações têm sido respeitadas, até porque as unidades escolares não estão unânimes nas adesões.

"Dos pontos apresentados pelo SEPE, persiste a discussão sobre a isonomia salarial dos contratados e a utilização de 1/3 da carga horária. A primeira, por ferir a Lei Orçamentária, já que para haver a equiparação a prefeitura ultrapassaria o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Já a segunda, questão também viola o que está determinado na LDB e no Estatuto Municipal do Magistério, além do Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) e a Lei Complementar nº 11 e 12.  A Secretaria Municipal de Educação entende e apoia as manifestações organizadas e respeitosas e se coloca, assim como o prefeito Alair Corrêa tem se colocado, sempre à disposição para receber os grupos organizados e suas reivindicações. Vale ressaltar que neste ano de 2013 a Secretária Elenice Martins e o Prefeito Alair Corrêa já receberam por diversas vezes o mesmo grupo para negociações e, graças a esse diálogo, a Educação de Cabo Frio já obteve grandes avanços, como a implementação do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e o cumprimento da Lei do Piso de forma pioneira na Região", finaliza a nota.

Cenário conturbado

A luta dos professores por melhorias salariais e de trabalho é conhecida e antiga. O ato realizado em Cabo Frio acontece após o registro de mais uma noite violenta, ocorrida na capital Rio de Janeiro, quando Policiais Militares e professores se enfrentaram. Os docentes, é claro, levaram a pior e foram confrontados com bombas de efeito moral e muito esprei de pimenta. Muita gente ficou ferida, entre elas, o ex-deputado Bernardo Ariston, que estava no Centro do Rio, na tarde de terça-feira, e foi atingido por uma bomba jogada pela tropa de choque da PM. Ele teve o pé fraturado na explosão da bomba de efeito moral. 

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