Por Carolina Barreto
O prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa, resolveu se manifestar sobre a greve de advertência de 72h iniciada nesta quarta-feira (02/10) pelos profissionais da rede municipal de educação. Em nota oficial, o prefeito disse estar perplexo com a atitude da categoria. Além disso, chamou de injusta a iniciativa divulgada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SepeLagos).
De acordo com o SepeLagos, a greve tem por objetivo sensibilizar a administração municipal quanto as reivindicações da categoria. O movimento grevista reivindica o cumprimento de um terço da carga horária, plano unificado com todos os profissionais, fim da obrigatoriedade do curso e melhorias estruturais nas escolas. Nesta quinta-feira (03/10) deve acontecer um ato em frente a Câmara de Vereadores. Já na sexta-feira (04/10) uma nova assembleia em frente a Prefeitura Municipal decidirá os próximos passos do movimento.
Segue abaixo, na íntegra, o desabafo do prefeito Alair Corrêa:
O que o SEPE nos pediu em AUDIÊNCIA PÚBLICA foi o seguinte:
1) ISONOMIA SALARIAL para as auxiliares de classe e inspetores de alunos / ATENDEMOS
2) RESSARCIMENTO das dívidas de mais de R$ 2 milhões (Dois milhões de reais) deixadas através do Ibascaf pelo governo anterior dos anos 2010 - 2011 e 2012 / ATENDEMOS
3) INSALUBRIDADE para os funcionários ASG e Cozinheiras / ATENDEMOS.
4)ISONOMIA para os 2.200 professores contratados e, como num SAMBA DO CRIOULO DOIDO, reivindicam também que os mesmos 2.200 contratados sejam substituídos por concursados. NESSE CASO O GOVERNO FAZ O QUE? ATENDE AO SEPE COM A ISONOMIA OU A DEMISSÃO NÃO ATENDEMOS NENHUMA DAS DUAS.
5) Finalmente o tema polêmico da não OBRIGATORIEDADE DOS CURSOS. Mostrando total boa vontade para com os " líderes " determinei à Secretaria, que na medida do possível, os atendessem nesse pleito. Porém, os advogados e dirigentes da EDUCAÇÃO MUNICIPAL para proteger o nosso Governo de futuros processos, estão procurando meios legais de atender a essa questão, por tratar-se de assunto determinado por Lei. Vale ressaltar que a carga horária organizada pela SEME para atender a hora atividade da Lei do Piso foi elogiada pelo assessor técnico da UNDIME - União dos Dirigentes Municipais da Educação - e futuramente a proposta deverá ser apresentada como sugestão de modelo para outros municípios brasileiros aos assessores do MEC - Ministério da Educação.
Encerro informando que tenho total interesse em resolver a situação de forma legal e compreendo a preocupação da SEME com as questões legais. No entanto, também fico PERPLEXO com essa reivindicação absurda de não fazerem os cursos e não aceitarem a atualização pedagógica. ESSA GREVE É INJUSTA para com um Governo que recentemente quase que DOBROU OS SALÁRIOS DOS PROFESSORES E DEMAIS FUNCIONÁRIOS.
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