Prefeito Marquinho fala sobre impasse político e transição em Cabo Frio

A eleição ocorreu dia 7 de outubro. No voto, venceu Alair Corrêa, mas com ressalva de candidatura indeferida pela justiça eleitoral.  Até que o Tribunal Superior Eleitoral decida a questão,  os votos da coligação "Todos por Cabo Frio" permanecem sob júdice. E nessa condição, Janio Mendes é considerado prefeito, de acordo com site do Tribunal Regional Eleitoral. Importante considerar que existe a teoria de novas eleições na cidade, em caso de negativa do TSE à pretensões de Alair, conforme alegação do Dr. Carlos Magno, que defende o ex-prefeito. Mas os advogados de Janio discordam. No entendimento do Dr Rangel, o pedetista obteve mais de 50% dos votos válidos (veja abaixo), o que assegura o cargo.


CABO FRIO 132.576 387 19 368 17
Município: 58130 - CABO FRIO
Cargo: Prefeito
Candidato Votos Situação % comparec.                                % válidos

*12 - JANIO DOS SANTOS MENDES    40.631  Eleito                88,46

50 - CLAUDIO PERES LEITÃO                 5.300  Não eleito         11,54

11 - ALAIR FRANCISCO CORRÊA                 0  Não eleito           0,00

(fonte: http://www.tre-rj.gov.br/eleicoes)



Uma questão de entendimento jurídico. Enquanto isso, a cidade permanece em suspense até que Brasília dê o veredicto final de uma eleição que ficou totalmente judicializada. Em meio a isso tudo, "o tempo passa, o tempo voa" e o atual prefeito Marquinho Mendes demostra preocupação com o governo de transição. Enquanto na maioria das cidades de governo sucessório os trabalhos já começaram, em Cabo Frio, sequer temos certeza de quem é o prefeito. Isso está deixando Marquinho preocupado:

- Acho que essa indefinição é muito ruim. É importante que a justiça defina isso o mais rápido possível para que possamos fazer a transição. Isso vai prejudicar muito o futuro prefeito e a cidade porque o tempo está ficando escasso. Espero que seja julgado na próxima terça-feira - disse o atual prefeito.

E Marquinho demostra que pensa como grande parcela da população, que a essa altura dos acontecimento, ansiosa, culpa justiça eleitoral, cobrando mais agilidade na análise dos recursos:

- Judicializar a eleição está errado. Entendo que o Brasil passa por um momento importante de renovação e transparência, mas não posso deixar de discordar da forma como a justiça eleitoral conduziu essa eleição. Os processos precisam ser julgados antes da eleição e não durante ou depois provocando essa insegurança no povo. Tudo isso está acontecendo porque a justiça não definiu previamente - desabafa.

Luciano Hilário

Marquinho fez questão de ressaltar que independente da decisão da justiça, vai respeitar e colaborar com o próximo administrador da cidade:

- Estaremos sempre ao lado do futuro governante. Essa cidade não pode mais sofrer o que passou nos últimos quatro anos, quando por causa de tanta briga na justiça e de perseguição, o município não progrediu - disse ele.

Faltando pouco mais de um mês para deixar o poder, Mendes se despede da cidade dizendo que deixa o governo de cabeça erguida:

- Não fizemos tudo que pretendíamos, mas fizemos tudo que pudemos com intuito de melhorar a vida das pessoas e deixar a cidade mais bonita. Nunca um prefeito fez tanto pela cidade em oito anos de governo - encerra.