quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cabo Frio inaugura a exposição “Fnax – retrospectiva desenhos e guaches” nesta quinta-feira





A Secretaria de Cultura convida toda a população de Cabo Frio para a inauguração da exposição da retrospectiva de desenhos e guaches do artista plástico carioca Fnax - Fernando Naxcimento – nesta quinta-feira, dia 10 de maio, às 20h, no Museu José de Dome – Charitas – a partir das 20h.

Nascido no Rio de Janeiro, mas radicado em Búzios, Fernando começou a desenhar e pintar na adolescência. Fez o Curso Livre de Artes Plásticas da ENBA – Escola Nacional de Belas Artes e de Escultura no Instituto de Belas Artes – Parque Lage (EAV). Fez exposições no Rio, São Paulo, Niterói e apresentou uma instalação no Museu Nacional de Belas Artes – “O Homem Cibernético”. Em seguida,  foi durante muito tempo professor de Educação Artística no Liceu e no Centro Educacional de Niterói (CEN) e em outras escolas de Niterói. Também foi professor de Composição Artística II na FACEN – Faculdade de Artes do Centro Educacional de Niterói:

- Fernando Naxcimento é um artista completo: começando pelo desenho, passa pela pintura para chegar à escultura modelando o barro. Neste planeta tudo tem um nome, uma classificação. Pitigrilli, um escritor italiano já fora de moda, dizia que as flores mais belas são as que não têm nome. A arte de Fernando é qualquer coisa assim, não tem classificação, mas a forma e o desenho, o traço negro sobre o papel branco domina sempre. E o desenho começa com um simples traço, mas vai agregando mais e mais outro, forma uma figura, mas não termina, recomeça, acrescenta outra figura; o processo mental , sua criatividade acelera, mais idéias, não interessa a relação de uma figura com a anterior.  O espaço em branco tem de ser preenchido, outro desenho. 

Por vezes o processo segue num ritmo, mas logo pula – da sinfonia passa para a batucada. O artista é um apaixonado por sua obra, nunca termina, volta à cena do crime e ataca. Vive e convive com o desenho inspirado por um coquetel de sua formação intelectual.  Sua mente é altamente crítica e enxerga através da matéria, da carne, penetra no cérebro de seres vivos,homens, animais e plantas, daqueles menos vivos e dos que deixaram de ser vivos.
Fernando leva ao cume a intelectualização do desenho. Seu processo de criação é por partes, sempre agregando, assim a obra sofre uma continua evolução e transformação, descansa por uns tempos, faz retornar o artista sobre o papel ou a tela. Ou corta, recorta e cola um desenho em cima de outro. Ou joga uma cor no desenho – essa cor não é colorido, é outro desenho. Caras e coxas se misturam e se completam.
Fernando, em sua inquieta busca, vai ao barro e reinventa formas. Retorna ao papel e à tela. É seu campo, um campo sem limites. O ciclo recomeça – diz Alfredo Rainha, ceramista, colunista, diplomata e membro da Academia de Letras e Artes Buziana.

A exposição ficará no Charitas até o dia 10 de junho.

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