Construção de rotatória na Praia do Siqueira gera discussão

Prefeito garante que vai fazer a rotatória

Ana Lúcia de Oliveira
Fotos Renata Cristiane

A semana começou agitada em Cabo Frio. A construção de uma rotatória na Avenida América Central, na altura do bairro Praia do Siqueira, está dando o que falar. A Prefeitura quer construir o retorno para carros, na avenida com saída para a Rua Paulo Burle, facilitando assim o acesso ao Shopping Park Lagos e também a vida dos moradores da Praia do Siqueira, que terão mais mobilidade. Porém, a construção da rotatória abrange uma área que pertence ao Posto Nacional e ao restaurante Salinas Grill, o que não agradou em nada o proprietário dos estabelecimentos Sérgio Moço. Para evitar a obra e provocar negociação com o poder público, ele colocou caminhões no local. O bafafá dura desde sábado (30/11).

Máquinas estão no local dando continuidade

Na manhã desta segunda-feira (2), o prefeito Alair Corrêa esteve no local e criticou muito a postura do empresário. Segundo ele, a construção da rotatória está prevista há tempos, como forma de desafogar o trânsito de Cabo Frio e dar mais mobilidade aos moradores da Praia do Siqueira.

Alair esteve no local para garantir avanço da obra

"Não podemos deixar que o movimento do shopping prejudique o trânsito da cidade. Por essa razão a rotatória é necessária. Além disso e não menos importante, tem a mobilidade da Praia do Siqueira, que hoje, para sair do bairro, os moradores têm que dar uma volta grande. Esse é um projeto nosso que vamos dar continuidade e espero dentro de 15 dias estar com a rotatória pronta", disse o prefeito.

Segundo ele, no domingo (1º), houve negociação com os empresários da Praia do Siqueira, do qual 12 comerciantes estiveram presentes, menos o dono do Salinas Grill e Posto Nacional. "Não vamos congestionar Cabo Frio. Se for preciso vou desapropriar a área, a Justiça aceitando, vou depositar o valor em juízo e, em seguida, dar andamento ao projeto", dispara o chefe do executivo.

Sérgio não concorda com a condução da obra

O empresário Sérgio Moço disse que é contra a forma como Alair Corrêa está conduzindo a situação. "Ficamos sabendo dessa história há uns quatro meses. Durante três tentamos falar com o prefeito e não conseguimos. Então demos entrada com um mandado de segurança, mas a juíza, apesar de entender que o caso cabe um mandado, preferiu esperar para ouvir o lado da prefeitura. Não somos contra a obra, mas sim contra a forma como o prefeito está conduzindo a situação. Acho que tudo deveria ser mais conversado, explicado e avaliado", disse o empresário.